Manter a privacidade online tem se tornado uma preocupação cada vez maior entre os usuários. Isso porque, ao usar a Internet, as pessoas deixam uma série de rastros digitais que podem ser seguidos por golpistas ou pessoas mal intencionadas.
É comum, por exemplo, que criminosos aproveitem informações expostas em perfis de redes sociais e dados financeiros cadastrados em sites de e-commerce para aplicar golpes.
Pensando nisso, o TechTudo listou quatro ambientes online onde hackers podem encontrar informações a seu respeito. Veja, a seguir, como se proteger de ataques.
1. Redes sociais
As redes sociais não apenas pedem informações pessoais sensíveis, como nome e data de nascimento, para criar o perfil do usuário, como também têm funcionalidades altamente expositivas, entre as quais estão inclusas o compartilhamento de localização e a marcação de fotos. Além disso, plataformas como Facebook, Twitter e Instagram convidam os usuários a expor a rotina online e permitem saber qual o seu círculo social, informações que podem ser aproveitadas por criminosos para aplicar golpes de engenharia social.
Para se proteger, a melhor opção é tornar o perfil privado, de forma que você possa escolher os seus seguidores, e ajustar outras configurações de privacidade. Ao fazer publicações nas redes sociais, lembre-se também de limitar o compartilhamento de informações que possam fornecer muitas pistas a seu respeito, como local de residência e trabalho.
2. Mecanismos de busca
O histórico de buscas de um usuário pode fornecer informações preciosas a respeito do comportamento online da pessoa. Com acesso a esses dados, hackers conseguem aprimorar golpes de phishing, para que a vítima possa cair nas fraudes com mais facilidade. Por exemplo, após realizar um ataque para capturar o histórico de pesquisa de múltiplos usuários e mapear o Internet Banking que cada um deles utiliza, criminosos podem elaborar um esquema de phishing inteligente que automaticamente associa cada pessoa a uma página falsa correspondente ao seu banco real.
Para evitar esse tipo de situação, é recomendado limpar o histórico de navegação com regularidade ou dar preferência ao modo anônimo, que não armazena os registros de busca, para fazer pesquisas na Internet. Outra dica é usar navegadores privados, como o Brave Browser.
Além disso, os golpistas também podem usar o Google para vasculhar a Internet e obter mais informações a respeito da pessoa, a fim de aplicar golpes de engenharia social. Esse risco é maior nos casos em que o usuário mantém publicações antigas em contas e redes sociais que não usa mais.
Por isso, é importante minimizar o máximo possível a sua presença nos mecanismos de busca. Uma maneira de ficar mais anônimo na Internet é pedir ao Google para remover informações pessoais como endereço, telefone e e-mail, do resultado de busca.
3. E-commerce
Fazer compras online se tornou um hábito entre pessoas de todo o mundo devido à praticidade que essa modalidade oferece. No entanto, é preciso se cercar de alguns cuidados ao adquirir produtos em e-commerces, mesmo que o site em questão seja seguro. Isso porque criminosos podem hackear contas em lojas virtuais – ou mesmo interceptar o seu navegador – e conseguir acesso a informações sensíveis nelas cadastradas.
Por isso, uma das principais recomendações ao comprar online é não salvar os dados do cartão de crédito no browser ou e-commerce. Se possível, opte pelo cartão virtual na hora de pagar pelos produtos. Também é importante não usar redes Wi-Fi públicas para efetuar transações, uma vez que essas conexões são mais suscetíveis a invasões, favorecendo a interceptação dos dados bancários do consumidor.
4. Testes online
Aparentemente inofensivos, os testes online também podem ser perigosos e servir como uma porta de entrada para o roubo de informações pessoais. Esses quizzes são muito populares no Facebook e geralmente requerem login na rede social para validar a participação ou exibir o resultado. Assim, informações como nome, foto de perfil e local de trabalho são expostas e podem ser armazenadas por essas plataformas, cuja procedência é, por vezes, duvidosa.
Além disso, esse tipo de brincadeira pode esconder táticas para aplicar golpes. Algumas perguntas, a princípio inofensivas, podem ser utilizadas para redefinir senhas, como "qual o nome do seu primeiro pet?" ou "onde você nasceu?". Por isso, antes de fazer testes online, é importante analisar quais informações estão sendo pedidas.