A superioridade do Flamengo sobre seus rivais do Rio fez com que a máxima de que clássico não tem favorito caísse em desuso. Mas, vez ou outra, ela se faz presente. Nesta quarta-feira foi assim. Depois de um início arrasador do rubro-negro, o Fluminense não se deu por vencido e, por muito pouco, não surpreendeu. Mas a lógica prevaleceu. Com um 3 a 2 suado, o campeão Brasileiro e da Libertadores vai decidir a Taça Guanabara, no dia 22. O adversário sairá da semifinal entre Boavista e Volta Redonda, que se enfrentam no domingo.
A superioridade técnica do Flamengo ficou muito claro já no começo. O time de Jorge Jesus só precisou de pouco mais de um minuto para abrir o placar, com Bruno Henrique. Em bola levanta da por Filipe Luis, ele subiu mais que todos os tricolores e aproveitou a saída errada para marcar.
A agressividade rubro-negra expôs as deficiências do Fluminense. Principalmente na saída de bola. Os tricolores precisavam apelar aos chutões. Quando tentavam trocar passes, erravam. Foi assim aos 10, quando Yuri deixou passar um recuo de Evanilson e a bola sobrou para Gabigol ampliar.
A equipe de Odair Hellmann voltou do intervalo já na tentativa de pressionar o adversário. Mas se empolgou demais, deu espaços e foi castigada. Aos 4, Gabigol ajeitou de letra para Filipe Luis marcar.
A entrada de Fernando Pacheco no Flu melhorou o setor ofensivo do time. Tanto que foi a partir de falta sofrida por ele na entrada da área que teve origem o gol de Luccas Claro, aos 15.
Enquanto o time de Jesus fazia a bola rodar com calma, os tricolores se esforçavam para encontrar uma chance em contra-ataque ou na ligação direta. E foi num bate-rebate dentro da área que Evanilson achou o gol que recolocou sua equipe na partida.
Os minutos finais foram marcados por uma impensável (ao menos antes do jogo começar) pressão tricolor. Bastava mais um gol para eliminar o rival, que já não conseguia mais criar. Ele até saiu, com Pacheco, que se revelou uma ótima peça para Odair Hellmann. Mas o peruano estava impedido. O apito final trouxe — quem diria? — um alívio rubro-negro.