17/06/2019 às 10h55min - Atualizada em 17/06/2019 às 11h03min

Indústria criativa injeta bilhões na economia brasileira

Artistas buscam reconhecimento de indústria que produz milhares de empregos e quota do PIB

DINO
http://www.maxpianura.com


Apesar de seu fomento pelo Estado ter sido pauta de debates e questionamentos nos últimos anos, especialmente por meio de incentivos como a Lei Rouanet, o mercado cultural mantém significativo impacto na economia brasileira. De acordo com os dados do Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, levantados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), só em 2017 a indústria criativa acresceu R$ 171 bilhões à economia do país, representando 2,6% de seu PIB naquele ano.

Para Max Pianura, músico e estudioso da cultura brasileira, para entender o potencial deste mercado é preciso levar em consideração tudo o que gira em torno desta indústria: desde a movimentação que impacta a economia, até os empregos disponibilizados. “São mais de cem mil empregos gerados por ano”, comenta Max ao citar a mesma pesquisa da Firjan.

Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco, a indústria cultural é propulsora da circulação de 6% da economia mundial, equivalente a mais de R$ 17 trilhões, e da geração de 30 milhões de empregos. Em comparação com outros países, entretanto, o mercado artístico brasileiro carece de investimentos e de dados, o que dificulta, inclusive, a medição de seu impacto em outros setores.

“Muito se fala sobre o importante papel social do esporte, por exemplo, e com razão, mas aquela apreciação do futebol como mecanismo singular de ascensão social das populações mais pobres deve ser partilhada também sobre a arte, a cultura. Além de os grandes eventos culturais anuais moverem e transformarem economicamente multidões de diversos setores diferentes, tem havido um movimento recente de ampliação e amplificação extraordinário de novos artistas periféricos por todo o país. Nesse sentido, portanto, é o universo da arte criativa, agora, que tem aberto espaço ao mérito daqueles que não encontram oportunidades em outras áreas profissionais”, argumenta Pianura, em consonância com os debatedores presentes no seminário Economia da Arte, realizado em São Paulo pelo Itaú Cultural e pela Folha de S. Paulo, em maio deste ano.

Incentivo musical

Nascido em Santo André, começou seus estudos com 5 anos de idade no piano e muito novo foi morar na Espanha. De volta ao Brasil, com 16 anos, se apresentou com a orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. Músico, cantor e produtor, lançou recentemente, na Festa Nacional da Música em Canela (RS), o álbum "Demais", com participação de artistas renomados. Acesse em www.maxpianura.com.



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