Pela quinta vez em sua história, o Flamengo chega à semifinal da Libertadores. A terceira de forma invicta. E com direito a show de gols. Especificamente, de Gabigol. A classificação tranquila veio com nova goleada sobre o Olímpia, do Paraguai, em Brasília. Agora, é esperar o adversário, que será conhecido nesta quinta, entre Fluminense e Barcelona de Guayaquil.
Apesar da larga vantagem no jogo de ida, o técnico Renato Gaúcho resolveu manter a base titular, e os principais jogadores precisaram de pouco tempo para resolver a partida. Gabigol e Bruno Henrique marcaram ainda no primeiro tempo, e o placar se ampliou no segundo com Arão, um gol contra, e uma cabeçada de Gabigol, totalizando 5 a 1.
A última vez que o clube amplacou um placar agregado parecido em mata-mata da competição foi há 30 anos, na edição de 1991, contra o Deportivo Tachira (VEN). Somou 8 a 2 (3 a 2 e 5 a 0).
A presença do poderoso ataque rubro-negro é o principal trunfo para a tentativa do tricampeonato. Juntos, Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta agora somam 202 gols pelo clube com os últimos tentos marcados. O uruguaio foi novamente a cabeça pensante, o arco, mesmo com o poder criação coletivo abaixo da média. Gabi e Bruno, as flechas.
Para passar de fase, a estratégia do Flamengo foi se organizar de forma compacta no início e frear o ímpeto adversário, que exibiu poucos recursos. Quando conseguiu apertar a marcação sem a bola, a equipe teve campo para jogar. E com espaço, os atacantes se movimentaram bem e não foram achados.
No primeiro gol, Éverton Ribeiro lançou Rodinei, que deu cruzamento preciso para Gabigol completar. Em seguida, o meia recebeu do artilheiro, tocou para Arrascaeta, que lançou na cabeça de Bruno Henrique. Duas finalizações, dois gols. O Olímpia diminuiu com Recalde, em jogada nas costas de Rodinei. Mas fora isso a defesa do Flamengo foi muito pouco exibida.
No segundo tempo, os demais gols vieram de novos cruzamentos. Primeiro, Arão aproveitou o rebote em falta cobrada por Arrascaeta. O meia ainda bateu escanteio perigoso, que foi desviado por Salcedo para o próprio gol.
Renato, então, começou a trocar o time todo. O gás se renovou, assim como o apetite insaciável por gols. E o fominha Gabigol ainda teve tempo de aproveitar boa trama de Diego, que terminou com bola cruzada na cabeça do artilheiro. E provocação do atacante ao técnico Renato, que o cobra pelo fundamento.