A poupança nunca agradou os jovens investidores e os investimentos vinculados a taxa de juros também deixaram de ser atraentes. A facilidade de acesso à informação e aos relatórios técnicos financeiros criou o ambiente ideal para que os jovens possam pesquisar e investir de forma mais ousada.
Quem explica o surgimento dessa nova carteira de clientes é Rafael Alves Teixeira Castelo, advogado no Brasil e consultor financeiro no Canadá. Com mais de 8 anos de experiencia investindo e atuando no mercado financeiro, Rafael afirma: “Desde a última década temos percebido uma mudança significativa no perfil dos investidores. Antes tínhamos a classe média/alta, com mais de 40 anos, carreira solidificada, se arriscando em novos produtos, mas ainda com baixa exposição. Atualmente, com o acesso à informação na palma da mão, temos jovens de todas as classes e idades, majoritariamente entre 18 e 25 anos, buscando por opções arrojadas de investimento. E eles não querem sequer ouvir falar em poupança ou renda fixa”, declara.
A fuga de capitais dos investimentos tradicionais se deu por conta do seu baixo rendimento. Em 2019 o retorno na poupança não passou de 0.38%. Outro fator importante foi a popularização das plataformas digitais de investimentos. Plataformas como a MetaTrader, a ProftChart e a TradeZone, empoderaram o jovem investidor e simplificaram a forma de investir. Segundo os dados divulgados pelo Brasil Bolsa Balcão (B3), até outubro de 2019 o número de investidores subiu para 1,5 milhão de pessoas. A participação dos jovens cresceu 28,6% - o número saltou de 14 mil para mais de 18 mil.
Com a crescente oferta de empresas gestoras de carteira, até os menos experientes podem fazer seu patrimônio crescer. “O jovem, e todo novo investidor, deve compreender que não existe fórmula mágica e que quanto maior for o potencial de retorno maior será o risco” alerta Castelo.
Nosso especialista lista cinco passos para dar início a uma carteira estruturada e destaca três tipos de investimentos.
“Eu sempre digo que o 1º passo é procurar um profissional qualificado, contudo, caso o jovem investidor prefira investir por contra própria aqui vão algumas dicas”:
Fundos multimercado: são uma excelente opção para quem quer começar a investir. Administrado por um gestor, são compostos por diferentes tipos de ativos combinando segurança e crescimento.
Imóveis ou fundos de imobiliários: no longo prazo são sempre uma boa opção. Além do aumento de capital há ainda a possibilidade de uma renda mensal extra com recebimento dos aluguéis.
Dividendos: investir em ações de empresas que pagam dividendos ajuda a acelerar os ganhos no longo prazo além do benefício tributário de não ser preciso, ainda, pagar imposto de renda sobre esse ganho.