06/09/2018 às 22h44min - Atualizada em 06/09/2018 às 22h44min

‘Ele já tinha surtado’, diz sobrinha de suspeito de ataque a Jair Bolsonaro

Familiares não souberam informar qual motivação para ataque ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), na tarde desta quinta-feira, em Juiz de Fora

R7
Sobrinhas de Adélio Bispo de Oliveira ajudaram a compor um provável perfil do suspeito de dar uma facada no candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), nesta quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG). Segundo as mulheres, que não quiserem se identificar, ele “já tinha surtado” e “falava sozinho”.

O R7 teve acesso a um áudio, cedido por Mauro Miranda, em que as sobrinhas garantem que não tinham mais contato com Adélio. Elas dizem também que já não tinham mais contato com o tio, que teria se mudado para Florianópolis. As mulheres mantinham o contato apenas via redes sociais.

“O que ele sempre questionava para a gente era que ele queria um Brasil diferente. Não queria um Brasil corrupto. Cheio de coisas erradas. Ele apoiava e apostava em uma coisa boa. Apostava em um político que fosse entrar e fazer alguma coisa boa”, disse uma das sobrinhas, de 25 anos.

As mulheres contaram que foram criadas também por Adélio 

As mulheres contaram que foram criadas também por Adélio desde que a mãe ficou viúva. De acordo com as duas, elas nunca tiveram problemas graves, mas relacionaram o hábito de falar sozinho e ficar recluso como uma característica de pessoa com problemas. Elas também não sabem informar se ele havia procurado ajuda médica.

“Ele sempre estava disposto a ajudar quem precisasse. A gente está tentando entender com ele. Ele não está bem. Ele surtou”, disse outra sobrinha, de 31 anos.

 

Adélio, de 41 anos, natural de Montes Claros, havia deixado o Estado de Minas Gerais “há três ou quatro anos”. Segundo as mulheres, ele é muito inteligente, fala inglês e espanhol fluentemente e havia trabalhado em diferentes áreas.

O ataque aconteceu na tarde desta quinta, no centro de Juiz de Fora. Bolsonaro havia sido erguido aos ombros pelos apoiadores, quando foi atingido por uma facada. Em entrevista ao R7, o advogado Pedro Oliveira dos Santos classificou o cliente como uma pessoa calma.

A PM-MG disse que o homem que atacou o presidenciável alegou, ao prestar depoimento à polícia, que agiu motivado por "questões pessoais".

Agressões aos familiares

As sobrinhas também relataram ameaças nas redes sociais. Segundo elas, assim que o ataque foi noticiado milhares de pessoas passaram a persegui-las. Há o temor de que mais familiares também sejam atacados.

“Eles estão achando que a gente tem algum elo com ele. Que nós temos um partido. Não temos nenhum partido”, disse uma das sobrinhas.



*Colaborou Mauro Miranda

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