13/05/2019 às 15h42min - Atualizada em 16/09/2019 às 11h54min

Investigação particular colabora em casos de pessoas desaparecidas

Só em São Paulo foram contabilizados 25 mil casos de desaparecimento de pessoas em 2017

DINO
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Imagem Ilustrativa: Profissão do Detetive Particular


Dados sobre pessoas desaparecidas no Brasil assustam. Segundo pesquisa realizada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em 10 anos — de 2007 até 2017 — o número de pessoas desaparecidas chegou a 786 mil no Brasil. São Paulo é o estado com o maior número de casos, ao somar 25 mil, só em 2017. O mito de que o desaparecimento deve ser comunicado após 48 horas, colabora para o menor índice de resolução dos casos.

Fica a cargo da polícia intervir nesses casos de desaparecimento, entretanto, existe a possibilidade de contratar o serviço de investigação particular para colaborar nas investigações. Esse trabalho é realizado por um detetive particular, sendo que hoje, após a regulamentação da profissão, é possível encontrar detetives gabaritados para a execução de tal trabalho.

Segundo Daniele Martins, fundadora da Agência de Detetives Daniele, diversos fatos podem levar ao desaparecimento de uma pessoa. “Questões familiares, médicas e até acidentes de trânsito justificam o desaparecimento de uma pessoa”, disse ela. É comum uma pessoa ficar ‘desaparecida’ por um dia, após uma crise de ansiedade, ou após um incidente de automóvel, enfatiza a profissional, ao ressaltar que esses casos em específico costumam ser resolvidos de forma rápida.

A profissional ressalta que o trabalho de um detetive particular pode ocorrer em paralelo, ou seja, de forma independente as investigações policiais. “É comum a contratação de um detetive particular quando as investigações oficiais demoram, ou emperram por questões judiciais. Nessas horas, familiares buscam o auxílio de detetives para colaborar nas investigações”, explica Daniele.

Entretanto, a detetive particular ressalta que o trabalho de investigação particular em conjunto ao da polícia deve ocorrer com a autorização do delegado e da corporação que acompanha o caso. “Não podemos interferir no trabalho dos agentes policiais. Pode ser solicitado o acompanhamento, podendo ou não ser autorizado pelo investigador de polícia”.

Em sua agência, a demanda por investigação de pessoas desaparecidas é corriqueira. Devido aos anos de experiência da detetive, o índice de resolução é significativo. “Dos casos atendidos aqui na agência, colaboramos na resolução de 62% deles”.

Para isso, é importante que quem contratou o serviço de um detetive particular forneça informações precisas sobre o desaparecido. “Pedimos que nos informem para onde a pessoa se dirigia, a roupa que vestia, se poderia estar acompanhada ou indo encontrar alguém”. Tais dados colaboram para que o trabalho de investigação particular se inicie e que esse profissional colabore para a resolução do mesmo. 



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