O diabetes tipo 2 é uma das doenças mais alarmantes da atualidade, sendo uma das prioridades de controle da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os próximos anos. Por afetar o organismo de diversas formas, é preciso investir na prevenção e no diagnóstico precoce para melhorar a qualidade de vida do paciente, assim como na melhor forma de tratamento.
Hoje, a cirurgia metabólica se destaca como o procedimento com o melhor custo-benefício para o paciente diabético. Segundo a dra. Luciana El-Kadre, coordenadora do Centro de Diabetes e Obesidade do Hospital São Lucas Copacabana, o tratamento convencional tem um custo maior a longo prazo, já que demanda gastos constantes com medição de glicose, aplicação de insulina e outros remédios, além de possíveis internações hospitalares. Caso a doença esteja em grau avançado, ainda podem ser necessários outros tratamentos para doenças associadas, como hemodiálise - quando o paciente desenvolve insuficiência renal - e revascularização do miocárdio, em caso de infarto.
"Já a cirurgia metabólica é uma medida assertiva no controle dos sintomas da doença, que influenciam o desenvolvimento de outras doenças, como as que afetam o coração e os rins. O procedimento permite melhor qualidade de vida em um tempo menor de tratamento se comparado com a abordagem normalmente usada", explica a médica.
Além da remissão do diabetes, a cirurgia metabólica, considerada segura e de alta complexidade, também faz o controle do colesterol e dos triglicerídeos, além de outros fatores como hipertensão arterial - ligados diretamente às principais complicações do diabetes, como cegueira, insuficiência renal, infarto e amputações. Para ser um paciente eletivo à cirurgia metabólica, o Conselho Federal de Medicina (CFM) exige idade mínima de 30 e máxima de 70 anos, além de ter menos de dez anos de diagnóstico do diabetes tipo 2 e Índice de Massa Corporal (IMS) entre 30 e 35 kg/m2.