Nem todo mundo se dá conta, mas a carga acumulada na coluna de uma criança durante semanas, meses e anos carregando mochilas pesadas pode danificar sua saúde e causar uma doença conhecida como síndrome da mochila.
As crianças em fase de crescimento e formação, ainda não têm os seus ossos e nem a estrutura muscular suficientemente desenvolvidas como os de um adulto, o que pode acarretar em muitas dores na coluna, dores de cabeça, nas pernas e danos à estrutura óssea.
O assunto deve ser debatido e levado com muita seriedade.
Para o sócio e Coordenador dos quiropraxistas na rede de Clínicas Ajustar, Dr. Marcelo Oliveira, esse quadro é muito preocupante e todos deveriam prestar mais atenção pelo bem, e pela saúde das crianças.
Dr. Marcelo, que também é um dos professores mais renomados da Universidade Feevale, e um dos nomes mais importantes da quiropraxia no Brasil, diz que as mochilas não deveriam pesar mais do que 10% do peso da criança. Mas não é isso que acontece sendo que o peso das mochilas, geralmente, é ultrapassado e a criança carrega um peso muito maior do que consegue.
Como o peso fica todo centralizado atrás, isso faz com a que criança se curve, se coloque para frente, numa postura de flexão para que ela possa suportar o peso da mochila das costas. Mas só com essa postura para frente que a criança faz já ocorrem prejuízos pois no futuro há uma ativação da musculatura da frente.
É muito importante salientar que, hoje em dia, com os livros cada vez mais pesados, muitas crianças usam mochilas com as alças soltas, abaixo da linha da cintura, o que acaba levando o peso muito pra baixo. Isso é uma situação altamente prejudicial pois, há uma sobrecarga em um dos lados do corpo, fazendo com que a coluna vertebral se curve também, causando dores e muitos danos como como lordose e escoliose, e em casos mais sérios, hérnia de disco.
O ideal é que a mochila esteja mais próxima possível ao corpo, das costas da criança.
A mochila tem que estar bem justa, as alças têm que estar firmes nos dois ombros e o mais próximo do corpo possível. Tudo isso para que o peso seja dividido entre os dois braços e não sobrecarregue apenas um lado do corpo causando danos à musculatura e à coluna.
Quando as alças estão soltas, ocorre um prejuízo muito maior ao longo do tempo, mas infelizmente, é isso que vemos nas portas de escolas e nas ruas. Talvez por moda, talvez por costume, ou até mesmo para suportar o peso, a maioria das crianças e adolescentes utiliza apenas uma alça sem saber o risco que correm. E os adultos, muitas vezes, nem percebem o risco que os filhos estão expostos porque esse não é um assunto muito debatido.
O adolescente Victor Max, de 16 anos, conta que acha chato usar mochila com as duas alças presas. “Todo mundo usa com uma alça só, virou um costume e como eu tenho mais força de um lado do corpo, acabo usando assim. Não sabia que fazia mal, tenho dor na coluna mas nunca pensei que fosse por causa disso”, completa o estudante do ensino médio, que diz carregar cerca de 5 cadernos grandes e 5 livros todos os dias, além de objetos pessoais que ajudam a sobrecarregar ainda mais a mochila.
Como resultado, muitas queixas de dores de cabeça, nas costas, nos ombros, no pescoço e também nas pernas. Mas ele ainda relata que mudar esse hábito não será tarefa fácil já que se acostumou com esse jeito errado de utilização da mochila.
A repetição diária desses tipos de ações promove uma postura incorreta ao danificar a coluna vertebral e criar desequilíbrio muscular que vai aumentando a cada dia, e que implicará na fase adulta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 70% dos problemas de coluna na fase adulta, tem como causa acúmulo do excesso de peso e esforço repetitivo na infância e adolescência. Eles ainda relatam que 85% da população mundial adulta sente ou já sentiu alguma dor nas costas e na coluna.
Crianças pequenas
Em um recente estudo Americano, foi constatado que crianças pequenas carregam muito mais peso do que elas podem suportar, mas uma informação divulgada na mesma pesquisa foi bem mais alarmante: muito mais do que o peso da mochila, é o tempo que ela é usada da forma errada, que traz os piores prejuízos para o corpo. Muitas crianças andam vários quilômetros com a mochila nos trajetos diários entre casa e escola, e esse dano no corpo só tende a aumentar ao longo da vida.
A criança pequena que vai carregando essa mochila pesada, por um longo tempo, mês após mês, ano após ano, vai tendo pioras no quadro pois está sobrecarregando a coluna de uma forma muito forte.
Uma das alternativas seria o uso de armários nas escolas, no qual as crianças pudessem deixar o material não usado, assim como é feito nas escolas americanas. Mas infelizmente, essa não é uma situação muito popular no Brasil, nem em escolas particulares.
Dicas da utilização das Mochilas
Fotos Reprodução
*Não usar mochilas grandes. A mochila tem que ter o tamanho ideal para cada idade.
*A mochila não pode estar solta, abaixo da linha da cintura pois, com certeza, vai sobrecarregar um lado apenas.
*Não usar a mochila presa por apenas uma alça, num ombro só. Pode ser moda, ser legal, mas é altamente perigoso.
*As alças devem ser reguláveis, largas e acolchoadas; devem ter um cinto abdominal, sempre com uns 5 cm acima da linha da cintura.
*No caso das mochilas de rodinhas, a altura deve estar adequada de modo que evite torção ou inclinação do tronco. A criança deve ficar reta para puxar a alça.
*Levar para a escola o estritamente necessário
“Claro que o ideal é seguir a recomendação de que a mochila tenha um peso de apenas 10% do peso da criança, mas sabe-se que na maioria dos casos, não é isso que acontece. Então nosso trabalho é tentar alertar os pais e educadores, quanto aos danos causados por anos e anos de sobrepeso nas costas.”, esclarece Dr Marcelo que ainda completa que o ideal é que essa criança faça atividades físicas para fortalecimento da musculatura e comece com sessões que Quiropraxia, que vão ajudar a atenuar as dores, melhorar a postura e ajustar o que está desequilibrado.
A Quiropraxia é uma técnica, uma ciência milenar que faz ajustes na coluna. A técnica é capaz de diagnosticar, tratar e prevenir as disfunções mecânicas do sistemas neuro-músculo-esquelético, tais como problemas na coluna, ligamentos, tendões, disco invertebral e músculos, melhorando a relação entre a coluna vertebral e o sistema nervoso.
Segundo a base científica da Quiropraxia, o sistema nervoso controla todos os órgãos, tecidos e células do nosso corpo. Assim, qualquer condição sofrida por este complexo sistema traz consequências, tanto imediatas como a longo prazo. A Quiropraxia vai diagnosticar, tratar e prevenir problemas envolvendo o sistema neuro-esquelético, ou seja, articulações, ossos e músculos.
Crianças e até bebês podem e devem fazer sessões de quiropraxia, depois de passar por uma avaliação com profissional formado (é preciso formação universitária para exercer a profissão) e experiente, que poderá diagnosticar e indicar qual o melhor tratamento.
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