Manter uma dieta saudável com o acompanhamento de um nutricionista é o desejo de muitos brasileiros. Eles sabem que ser acompanhado pelo nutricionista é o cenário ideal para alcançarem seus objetivos, mas por diversos motivos acabam adiando esse projeto.
Isso está para mudar em um futuro muito próximo. O que antes era somente um desejo, está passando a se tornar uma necessidade para uma parcela crescente da população.
O aumento da população com sobrepeso aliado a crescentes casos de doenças crônicas como hipertensão e diabetes estão colocando o controle dos hábitos alimentares como uma prioridade para as pessoas. As pessoas, principalmente aquelas com problemas de saúde, reconhecem isso e por essa razão a procura por consultórios e clínicas especializadas em nutrição deve crescer nos próximos anos.
A percepção das pessoas sobre o papel do nutricionista e o impacto na sua saúde
A maioria da população compreende a importância de possuir hábitos saudáveis de alimentação e reconhece que deveriam consultar regularmente um nutricionista.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), com participação do educador físico Marcio Atalla, identificou que 92,4% da população considera que manter a alimentação equilibrada é o fator mais importante para se obter uma boa saúde, seguida da prática de exercícios físicos, com 85,6%. Segundo o mesmo estudo 93,9% da população tem interesse em alimentação saudável. Os motivos são diversos, desde estéticos até a prevenção, tratamento ou controle de doenças.
O controle alimentar e acompanhado de nutricionistas é uma necessidade para a maioria da população brasileira
Um levantamento realizado pela Agência de Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelou que 53% da população brasileira está com excesso de peso, colocando o Brasil em segundo no ranking mundial de população com sobrepeso ou obesidade.
Já a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirma que o colesterol elevado atinge cerca de 40% da população adulta no Brasil, representando aproximadamente 60 milhões de pessoas.
O Ministério da Saúde realizou um estudo apontando que 35% da população sofre de hipertensão arterial e, o mais preocupante, cerca de metade das pessoas ainda não foram diagnosticadas.
O Brasil é ainda o quarto país no mundo em número de diabéticos segundo o International Diabetes Federation (IDF). O Ministério da Saúde levantou que são cerca de 12,5 milhões de brasileiros, aproximadamente 7% da população que sofrem dessa doença.
Em comum, todas essas pessoas possuem a necessidade de manter uma dieta equilibrada o que, a princípio, deveria significar uma rotina de consultas regulares ao nutricionista. Mas na prática não é o que acontece.
Apesar de existir a demanda, os nutricionistas ainda sofrem com baixa procura pelos seus serviços
Atualmente existem cerca de 131 mil nutricionistas em atividade no Brasil segundo o Conselho Federal de Nutricionistas (CNF). Esse número de profissionais é muito inferior à demanda existente. Entretanto, é recorrente os relatos de nutricionistas com poucas consultas agendadas ou um baixo número de pacientes ativos.
Segundo a Dra. Denise Salvador, nutricionista funcional com 25 anos de experiência, o real motivo pode ser simples: "O principal fator são os valores das consultas, que acabam pesando no orçamento do paciente. Mas esse não é o único fator. Com o tempo notamos que durante o período entre uma consulta e outra, há uma diminuição significativa no entusiasmo das pessoas em manter o tratamento."
Esse comportamento também foi percebido por diversos profissionais que enfrentam taxas de desistência relativamente altas em suas clínicas e consultórios.
Uma alternativa para o nutricionista atuar junto a um número maior de pessoas
Buscando solucionar esse problema, comum a um grande número de nutricionistas espalhados pelo Brasil, a Drª Denise desenvolveu um programa baseado em grupos de pacientes que é voltado ao emagrecimento, saúde e bem-estar.
Segundo ela, o objetivo era diluir os custos de uma consulta convencional e desenvolver uma rede de suporte entre os participantes de cada grupo, fazendo com que eles interagissem com outros com os mesmos objetivos e assim mantivessem a motivação alta durante todo o tratamento.
"No início queríamos oferecer a possibilidade de um acompanhamento com um custo mais reduzido e atrativos que diminuíssem a taxa de evasão de pacientes, mas os resultados que vimos foram muito além disso." disse ela.
O programa, batizado de Oficina do Peso, funciona através de grupos de participantes organizados de acordo com objetivos em comum, ou seja, emagrecimento, saúde e bem-estar.
Apesar das consultas (chamadas de encontros na Oficina do Peso) serem coletivas, o tratamento de cada paciente é realizado de forma individualizada. Assim, cada membro tem uma dieta e tratamento orientado aos seus resultados e ao seu ritmo pessoal.
Durante o encontro são realizadas diversas atividades incentivando a interação entre os participantes. Essa interação permite a troca de experiência e o desenvolvimento de relacionamentos onde um apoia o outro em busca, cada qual, dos seus objetivos.
O resultado prático foi a diminuição drástica nos índices de desistência dos tratamentos e o aumento constante na procura por novos grupos.
Isso ocorreu porque, apesar do acompanhamento ser individualizado, os encontros são realizados com vários participantes. Essa prática otimizou o tempo total, permitindo realizar o atendimento de um número maior de pacientes.
Por essa razão, mesmo cobrando um valor mais acessível, a otimização de tempo e o volume de pacientes mostrou ser um modelo mais rentável do ponto de vista do negócio. O modelo deu tão certo que a Drª Denise decidiu disponibilizar o projeto como franquia, (https://www.oficinadopeso.com.br/), e já está em desenvolvimento um plano agressivo de expansão para todo o Brasil.
"Nossa intenção é permitir que nutricionistas por todo o Brasil possam conhecer e implantar esse modelo de tratamento e, como consequência, ajudarmos ao maior número possível de pessoas a alcançarem uma saúde melhor através de hábitos alimentares mais saudáveis." – afirma a Drª Denise.