13/04/2022 às 09h20min - Atualizada em 13/04/2022 às 09h20min

Atraso na fala das crianças deve ser motivo de preocupação para os pais

Portal do Sena

Rebeca Mota
Foto: Reprodução
Desde quando nasce, a criança desenvolve a comunicação por meio de gestos, olhares e expressões faciais. A partir do primeiro ano, já é comum que ela pronuncie as primeiras palavras, que geralmente são tentativas de "mamãe" ou "papai", faz parte do processo de desenvolvimento comunicativo e da linguagem. O marco científico para identificar um retardo na aquisição da linguagem é aos dois anos e seis meses, segundo a fonoaudióloga da Audimed Saúde, Edneia Santos. Crianças com atraso na fala deve ser motivo para os pais se preocuparem. Entenda mais!

“Com 6 meses, a criança estará balbuciando, aos 9 meses formula palavras bilabiais como ‘dada’ e a partir de 1 ano pode estar falando palavras como mamãe, vovô. Algumas crianças começam a falar próximo dos 2 anos e se isso não acontecer precisará ser avaliado pelo pediatra e pela fonoaudióloga”, explica Edneia.

Quando se preocupar

Conforme explica a especialista, por volta dos 12 meses, o bebê começa a emitir mais sons e a tentar dizer as palavras que os pais ou pessoas próximas mais falam. “Aos 2 anos repete as palavras que ouve e diz frases simples com 2 ou 4 palavras e aos 3 anos consegue falar informações mais complexas como sua idade e o seu sexo”.

Diversos fatores podem causar atraso de fala ou linguagem nas crianças, de acordo com a fonoaudióloga. No entanto, as causas mais comuns incluem: perda de audição; danos cerebrais; falta de estímulos (por exemplo, quando a criança passa pouco tempo conversando com adultos); autismo; mutismo eletivo (transtorno psicológico, em que a criança se recusa a falar).

Excesso de telas pode prejudicar


O uso exagerado dos dispositivos eletrônicos —celular, tablet e TV— é apontado pela especialista como um agravante. O excesso de uso da tecnologia diante de toda mudança na dinâmica familiar tem colaborado para o atraso na fala.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que crianças menores de 2 anos não tenham contato algum com telas, nem mesmo televisores.

“Depois dessa faixa etária, a TV pode ser liberada, mas no máximo durante uma hora por dia. E apenas com 8 anos as crianças poderiam usar celular. Mas, a maioria das crianças atualmente passa o dia acessando celulares ou vendo TV!”, explica.

Estar em frente às telas a todo instante pode atrapalhar o desenvolvimento das habilidades de linguagem e até sociais da criança.

“Um dos motivos é que ficar diante de telas, muitas vezes, equivale a consumir conteúdo passivamente, perdendo oportunidades valiosas e de praticar outras habilidades importantes, como manter contato com a natureza e com os objetos físicos”, ressalta.

Edneia dá algumas dicas para ser incentivar a criança a falar:

- Observe e encoraje

 – Ouça e converse com o bebê

 – Use frases elaboradas

 – Narre o que vocês estão fazendo

 – Tente entender o que ele quer dizer

 – Brinque com o bebê

 - Leia para o bebê

 – Nomeie objetos

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