12/04/2021 às 19h48min - Atualizada em 12/04/2021 às 19h48min

Para conseguir dinheiro, 'Loba do Tinder' prometia encontros e ameaçava divulgar fotos íntimas das vítimas

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G1
Foto: Reprodução
A mulher de 31 anos, presa em Campinas (SP), por estelionato, usava aplicativos de relacionamento para extorquir dinheiro das vítimas, com promessas de encontros futuros, segundo a Polícia Civil.

A "Loba do Tinder" – como Patrícia Coutinho Pereira ficou conhecida – tinha uma mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça do Distrito Federal e, por isso, deve ser transferida para a capital na próxima semana.


A investigação também apontou que a mulher procurava homens para praticar "estelionato do amor". Ela estava foragida desde 2017.

De acordo coma Polícia Civil, Patrícia convencia as vítimas a enviarem fotos íntimas e, depois, ameaçava a divulgação das imagens para familiares dos homens. A reportagem não localizou a defesa da investigada.


De acordo com o delegado Ataliba Neto, que investigou parte do crime no DF, em alguns casos Patrícia não se encontrava com as vítimas.

"Quando ela apenas mantinha conversas nos aplicativos prometendo futuros encontros, durante essas conversas ela inventava que algum parente, principalmente a avó, tinha falecido. Então, ela pedia quantias em dinheiro para conseguir ir ao enterro, no velório."

A mulher responder por estelionato, difamação e extorsão. 


R$ 50 mil

O investigador conta ainda que uma das vítimas é um servidor público federal, que se relacionou com a suspeita por cerca de quatro meses e, nesse período, efetuou diversos empréstimos de dinheiro.

"Quando ele foi verificar o total, já tinha colocado à disposição dessa namorada um montante que já chegava em torno de R$ 50 mil."

Segundo o delegado Sandro Jonasson, que coordenou a ação que prendeu a jovem em Campinas (SP), ela realizava uma extorsão indireta. "Procurava membros da família para evitar que essas fotos fossem divulgadas. Ela realizava o estelionato do amor", explica.

Presa por denunciação caluniosa

Em maio de 2018, a Justiça emitiu mandado de prisão contra Patricia. A "Loba do Tinder" foi condenada a 2 anos e 8 meses de prisão por comunicação falsa de crime.

"Ela estava sendo investigada pelos golpes no Tinder [aplicativo de relacionamentos]. Durante a investigação, em retaliação, ela fez uma denúncia falsa contra a vítima que a entregou na delegacia e fez outra denúncia falsa no Ministério Público contra mim", afirmou o delegado Ataliba Neto.

"Ela disse que eu tinha praticado abuso de autoridade. Foi comprovado que era falso. O promotor a denunciou por denunciação caluniosa e ela acabou condenada", disse o delegado.

"A prisão foi decorrente de uma estratégia dela de partir para o ataque, denunciar a gente de forma falsa. Então, ela acabou respondendo por esse crime também."

Depois, Patrícia passou a responder pelo processo em liberdade, mas mudou de endereço e foi denunciada em um novo processo de estelionato.

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