Integrantes de uma torcida organizada do Vasco invadiram o CT do clube, na manhã desta quinta-feira, para fazer cobranças ao técnico Ricardo Sá Pinto e ao elenco. Os protestos se intensificam após a eliminação do time para o Defensa y Justicia, na Sul-Americana, e em meio à luta para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
De acordo com o ge, o comandante português tomou a frente no embate com os torcedores, que o haviam cobrado por uma declaração em tom de normalidade dias antes. Sá Pinto rebateu que em nenhum momento afirmou que "estava tudo bem". Outro questionado foi o atacante Talles Magno, pela suposta reinfecção pelo coronavírus.
Em redes sociais, uma das organizadas tratou o episódio como "uma visita surpresa". No texto, afirmou que não aceitaria outro resultado além da vitória no clássico de domingo com o Fluminense e que exigia "uma recuperação imediata no campeonato".
Em nota, o Vasco ponderou que "compreende a insatisfação de seus torcedores e entende que os resultados em campo estão aquém do esperado", mas disse que "é absolutamente injustificável que jogadores e comissão técnica sejam ameaçados e intimidados em seu local de trabalho". O clube informou ainda que "providências já foram tomadas para que episódios como o desta quinta não voltem a se repetir".
O cruz-maltino venceu apenas uma das últimas dez partidas que disputou. No momento, tem três derrotas seguidas: as goleadas para o Ceará e o Grêmio no Brasileirão e o revés para o Defensa y Justicia que custou a vaga na Sul-Americana. Desde a chegada de Sá Pinto, são 12 jogos, com apenas dois triunfos — houve ainda cinco empates e cinco derrotas.
Leia na íntegra a nota oficial do Vasco sobre o ocorrido:
Nesta quinta-feira (10/12), integrantes de uma torcida organizada invadiram o CT do Almirante durante o treinamento do time profissional. O Club de Regatas Vasco da Gama compreende a insatisfação de seus torcedores e entende que os resultados em campo estão aquém do esperado, mas é absolutamente injustificável que jogadores e comissão técnica sejam ameaçados e intimidados em seu local de trabalho. O futebol brasileiro já deu inequívocas provas de que este tipo de ação, além de ilegal, não surte qualquer efeito prático positivo. Providências já foram tomadas para que episódios como o desta quinta não voltem a se repetir. O Vasco reafirma que atletas, comissão técnica e diretoria estão comprometidos e empenhados em reverter a situação no Campeonato Brasileiro.