Advogado do Flamengo rebate pena ‘branda’ de Bruno Henrique e detalha próximos passos

Michel Assef Filho defende o atacante do Flamengo na Justiça

08/09/2025 17h28 - Atualizado há 7 horas
Advogado do Flamengo rebate pena ‘branda’ de Bruno Henrique e detalha próximos passos
Bruno Henrique durante o julgamento no STJD (Foto: Lucas Bayer/Lance!)

Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi punido por 12 jogos e recebeu uma multa de R$ 60 mil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em caso de manipulação de apostas. Para Michel Assef Filho, advogado do clube carioca no caso, a pena não foi branda, como tem sido comentada nas redes sociais. Ele detalhou o cenário.


- Tenho ouvido muita uma discussão sobre a pena ter sido branda. O fato que aconteceu com o Bruno Henrique não guarda nenhuma relação com os casos julgados pelo STJD antes. Fica muito claro que ele nem deveria ter sido punido no Artigo 243A. O que se pretende evitar é uma fraude dentro do jogo. As punições mais severas puniram uma fraude ao jogo, ou seja, alguma combinação fora para que, no jogo, algo artificial aconteça. Nos outros temas, aconteceu exatamente isso. Atletas foram abordados combinaram determinadas jogadas dentro do campo para se favorecerem fora do campo. O Bruno Henrique já planejava tomar o terceiro cartão amarelo, o cartão amarelo não é atitude antiética, não é atitude antidesportiva, faz parte da estratégia do jogo - iniciou Michel Assef, advogado do Flamengo no caso Bruno Henrique.


 

- Me preocupa essa onda de que a pena foi branda, até porque é importante que o público entenda. O que é tratado no tribunal é muito técnico e, às vezes, é difícil de compreender. Então é importante mostrar a diferença, que manipulação de resultado é a pena mais grave. Não é o que aconteceu com o Bruno Henrique. E também não acho que tenha sido informação privilegiada. A pena não foi branda, pelo contrário, ela foi exagerada - completou o advogado, em outro trecho, em entrevista ao "SporTV".

 

Próximos passos da defesa de Bruno Henrique

 

Agora, a defesa de Bruno Henrique irá ao pleno do STJD para recorrer de duas decisões. A primeira é por conta da negativa do pedido de prescrição, uma vez que os advogados do jogador defendem que o caso prescreveu. Além disso, também buscarão reverter o cenário do enquadramento do artigo 243-A, uma vez que a defesa entende que não houve atitude contrária à ética desportiva, uma vez que o atacante não compartilhou uma informação privilegiada.

 

A pena de 12 jogos para Bruno Henrique precisa ser cumprida em jogos do Brasileirão, a mesma competição do caso. Para que o atleta tenha que cumprir suspensão em outras competições, principalmente internacionais, a procuradoria precisar entrar com uma notificação no pleno.

 

Justiça do Destrito Federal mantém decisão sobre Bruno Henrique

 

Nesta segunda-feira (8), o juiz Fernando Brandini Barbagalo, do Distrito Federal, manteve a decisão que negou o objetivo de tornar Bruno Henrique como réu por estelionato, negando o pedido do Ministério Público. O atacante do Flamengo já é réu por cometer fraude esportiva.

 

Segundo o juiz, não há provas para qualificar como crime de estelionato, diferentemente da fraude esportiva. Além disso, Fernando Brandini Barbagalo afirmou que não há indícios para aplicação de multas, como uma fiança de R$ 2 milhões proposta pelo MP. Agora, o caso será analisado em segunda instância.

 

Bruno Henrique foi denunciado pelo Ministério Público do DF em junho, junto com o irmão, Wander Nunes Pinto, e mais sete pessoas. Segundo a acusação, o atleta teria avisado ao irmão que receberia um cartão amarelo na partida contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na ocasião, o jogador estava pendurado com dois cartões no Brasileirão.


FONTE: Lance!
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