Com a repercussão de sua história no jornal inglês Daily Star, o casal formado por Michel e Carol Praddo, conhecidos também como ‘ Mulher Demônia ’ e ‘ Diabão ’, rebateu os ataque que sofreu nas redes sociais. “Somos criadores e obras-primas e acima de tudo somos felizes assim”, disse o Diabão em entrevista ao UOL.
“O mundo é pautado em modificações corporais 'aceitáveis', como o uso de uma aparelho dentário, uma tintura no cabelo ou uma tatuagem. A única diferença é que nossa transformação é mais extrema, mas ela não impacta em quem somos e no amor e respeito que existe em nossa família”, disse Diabão, que complementou: “Muitos dos que julgam nosso exterior não têm a sorte de viver a vida incrível e cheia de amor que vivemos”.
Diabão e a Mulher Demônia tem três filhos e estão juntos há 11 anos. Ele tem 85% do corpo tatuado enquanto que ela tem 60% da pele coberta por tatuagens. Ambos passaram por procedimentos como implantes subcutâneos, chifres na testa, eyeball tattoo (pigmentação dos olhos) e divisão da língua.
Ao comentar sobre o preconceito, ele diz não se incomodar com os olhares que recebe das pessoas na rua. “Seria ignorância da minha parte, principalmente por estar ciente de que minha aparência vai mais para o lado do sinistro, achar que não iria despertar algumas reações”, diz Diabão, que complementa: “Eu acho legal, pois é mais uma possibilidade de conversar e fazer as pessoas enxergarem para além do corpo”.
Entretanto, ele ressalta que não sabe lidar com a “falta de respeito” e com as “ofensas moralistas” que recebe. “Muitos que apontam o dedo não vivem da forma pacífica e harmoniosa que eu vivo", afirma.
A Mulher Demônia, por sua vez, diz que tenta não julgar ou ficar abatida com os comentários e comportamentos. Entretanto, ela diz que os xingamentos a “incomodam demais”. “Quem somos nós para julgar as escolhas dos outros? Somos pessoas do bem, só não seguimos os padrões estéticos do sistema”, conclui.