18/10/2018 às 18h15min - Atualizada em 18/10/2018 às 18h15min
Bolsonaro não irá a nenhum debate, diz presidente do PSL
Bebianno alegou condições de saúde; mais cedo, médico declarou que participação era uma opção livre do candidato
Veja
Foto: Sergio Moraes/Reuters O candidato Jair Bolsonaro, nome do PSL à Presidência da República, não participará de nenhum debate no segundo turno das eleições. A afirmação foi feita pelo presidente da agremiação, Gustavo Bebianno, nesta quinta-feira.
Bebianno afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o estado de saúde do candidato é de “absoluto desconforto” e que ele não deve ser submetido a “uma situação de alto estresse, sem nenhum motivo”.
“Como não há controle, aquela bolsinha (colostomia) pode encher, estourar”, afirmou Bebianno. “O seu estado de saúde é ainda de absoluto desconforto. (Não vamos) submetê-lo a uma situação de alto estresse, sem nenhum motivo.”
Mais cedo, o médico Antonio Macedo, da equipe responsável pela avaliação clínica de Bolsonaro, afirmou que a participação nos debates era uma livre escolha dele, já que havia apresentado melhora no quadro de saúde.
Bebianno chamou o petista Fernando Haddad (PT) de “poste” e disse que a ausência de Bolsonaro nos debates não deve prejudicá-lo. “Seria discutir com um poste. Como já disse o candidato, quem discute com um poste é bêbado. A decisão (de não participar) não é ruim porque o eleitor já conhece Bolsonaro. O contato que ele estabelece é diretamente com o eleitor. Os eleitores já sabem em quem vão votar.”
Antes da coletiva, Bebianno disse à reportagem que Haddad se mostrou “desesperado” ao dizer que entrará com medidas judiciais contra uma denúncia de que a campanha de Bolsonaro teria incentivado empresários a disseminar mensagens contra o PT nas redes sociais. Ele classificou como “piada” e “uma palhaçada” a atitude de Haddad.
A campanha de Haddad e apoiadores do petista têm desafiado Bolsonaro a participar de debates. O confronto não aconteceu em nenhum dos encontros com presidenciáveis promovidos no primeiro turno. Nos primeiros, Haddad ainda não era o candidato principal da chapa do PT. Quando Lula, preso em Curitiba, deu lugar ao paulista, o capitão é que ficou ausente dos embates, devido ao atentado que sofreu em Juiz de Fora.