11/08/2020 às 11h13min - Atualizada em 11/08/2020 às 11h13min

Após desabafo em rede social, entregador recebe várias ofertas de emprego

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“Infelizmente, tu não foi escolhido dessa vez. O que pegou mais foi tu não ter uma infra necessária para tocar nosso projeto, tu não tem um computador e teu celular ‘acabou’ recentemente”. A mensagem chegou por áudio de WhatsApp no celular com a tela quebrada e deixou o morador do Vidigal Vitor Eleotério de cama.

Entregador do iFood e estudante de Computação, Vitor havia passado por um processo seletivo cujo desafio era desenvolver um aplicativo em Flutter, tecnologia de programação que ele então desconhecia. Aprender uma linguagem nova em dez dias se mostrou o menor dos obstáculos: sem equipamentos adequados, explorou recursos gratuitos na internet, e conseguiu fazer rodar uma máquina virtual da Microsoft Azure no seu PC ultrapassado. Vitor entregou o melhor app entre os candidatos, com mais funcionalidades do que o que havia sido pedido e recebeu elogios da empresa. Mesmo assim foi preterido.

— Para ter computador melhor preciso ter dinheiro — diz Vitor, que há cinco dias criou perfil no LinkedIn para contar sua história.

Após o relato, foram mais de 20 ofertas de emprego, um computador, voucher paara fazer certificação da Microsoft Azure, créditos de internet e na nuvem e bolsa na plataforma digital de ensino Udemy. Teve até um desenvolvedor graduado que se ofereceu de tutor para acompanhar sua carreira e uma pessoa que se ofereceu para pagar a sua faculdade. O agora ex-entregador do iFood, nos próximos dias, deve decidir entre ofertas para atuar como desenvolvedor no próprio iFood, na Pipefy ou na M4U, empresa do grupo Cielo.

"Não tem essa se o pato é macho, e eu botei ovo".

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