A tratativa entre os governos de Brasil e Paraguai para estabelecer o livre comércio de produtos automotivos está perto de um desfecho positivo. Na última reunião entre os líderes, foi firmado um compromisso para aprovar o acordo bilateral que prevê condições facilitadas nas transações do segmento automotivo entre as nações.
A proposta é que, após a assinatura do tratado, os termos para o livre comércio sejam praticados imediatamente, com algumas exceções para as quais seria aplicado um cronograma de desenvolvimento gradual até 2023, ano em que o acordo entraria em vigência completa.
Entre as principais novidades estão o livre acesso das autopeças paraguaias no Brasil pelos próximos 5 anos, a definição do Índice de Conteúdo Regional (ICR) a ser cumprido pelas duas partes em 50%, além das condições diferenciadas para motorizações alternativas e a futura isenção de taxas consulares para produtos brasileiros no Paraguai a partir do oitavo ano de vigência do tratado.
Outro ponto considerado importante nas negociações é a importação paraguaia de veículos usados e de segunda mão vindos do Brasil, tópico que causa preocupação no governo brasileiro. Segundo as informações divulgadas, os líderes paraguaios comprometeram-se com a revisão de suas políticas nacionais atualmente praticadas, promessa que agradou as autoridades brasileiras.
Segundo especialistas, a tendência é de que o acordo seja produtivo também para o Brasil, já que o país abriga um bom número de montadoras e indústrias do setor automotivo em seu território. O novo fluxo comercial deverá demandar um crescimento pontual e uma adaptação das companhias aos novos contratos.
A produção de baterias automotivas é um exemplo de demanda constante de atualização tecnológica. A presença de novos e complexos dispositivos eletrônicos nos veículos cresce cada dia mais, aumentando a exigência pela qualidade da parte elétrica dos carros, cujo ponto fundamental é o desempenho da bateria.
O Grupo Moura, por exemplo, que produz baterias e equipa de fábrica carros das principais montadoras, será um dos afetados. A intensa dinâmica deste setor industrial foi destaque com o surgimento das baterias automotivas EFB, projetadas especificamente para carros com a inovadora tecnologia start-stop que, apesar de relativamente nova, já é uma realidade para a indústria automotiva.
Em termos da capacidade da indústria brasileira em acompanhar as evoluções do mercado, a linha de baterias para carros start-stop também é um exemplo de sucesso. O êxito foi conquistado pela notoriedade internacional atribuída as baterias EFB do Grupo Moura, empresa 100% nacional.
No mais, resta a todos os envolvidos aguardarem a assinatura do tratado entre as duas nações e a oficialização dos termos acordados para que, então, o novo fluxo comercial seja colocado em prática pelas empresas e órgãos estatais responsáveis. Uma coisa é certa, seja qual for o desfecho, as consequências afetarão também o consumidor final.