Campus Ecoville, em CuritibaA Universidade Positivo, sediada em Curitiba (PR), é a instituição de ensino superior privada brasileira com melhor avaliação na edição 2019 do UI GreenMetric, ranking internacional divulgado neste mês de dezembro e que desde 2010 utiliza critérios aceitos internacionalmente para medir o desempenho em sustentabilidade de 780 universidades de 83 países. Na comparação com o ano passado, a Universidade Positivo subiu 26 posições no ranking global e manteve a terceira colocação entre as instituições brasileiras, ficando atrás apenas da Universidade de São Paulo (1ª) e da Universidade Federal de Lavras (2ª).
No ranking global, a Universidade Positivo obteve resultado bastante expressivo, passando a ocupar a 73ª posição. Apenas quatro instituições brasileiras aparecem, neste ano, entre as 100 melhores do mundo. Criado pela Universidade da Indonésia, o UI GreenMetric é o único ranking global que mede o esforço de universidades dos cinco continentes no enfrentamento de questões envolvendo sustentabilidade e impacto ambiental. Os seis critérios avaliados são: configuração e infraestrutura; energia e mudança climática; resíduos; água; transporte; educação e pesquisa. O resultado completo pode ser acessado em greenmetric.ui.ac.id.
O avanço da Universidade Positivo no ranking global foi puxado, principalmente, por avanços nos indicadores educação e pesquisa (+18%), energia e mudança climática (+17%) e água (+13%). A Universidade Positivo possui um campus com 153,6 mil metros quadrados de área verde, considerado exemplo mundial de sustentabilidade. O campus conta com sistema de captação de água da chuva e outras iniciativas sustentáveis, como a utilização de uma usina fotovoltaica (energia solar) capaz de abastecer totalmente o refeitório utilizado diariamente por técnicos, professores e demais colaboradores. Desde 2016, o campus conta também um gerador de energia eólica, que é capaz de suprir 3% do consumo total de energia do Colégio Positivo Internacional - um prédio de 10 mil metros², instalado dentro do campus - além de funcionar como laboratório prático para desenvolvimento de projetos de iniciação científica.
Todas essas iniciativas fazem parte de um sistema de gestão ambiental certificado, desde 2012, pela norma ISO 14.001, que assegura que os procedimentos relativos à homologação de fornecedores; coleta seletiva; armazenagem e destinação de resíduos; atendimento à legislação, entre outras atividades, sigam os mais altos padrões internacionais. Periodicamente, esse sistema é auditado por uma instituição externa independente.
Energia é destaque
A Universidade Positivo obteve, entre as instituições brasileiras avaliadas em 2019 pelo UI GreenMetric, a mais alta pontuação (1.850) no critério energia e mudança climática. Considerando apenas este quesito, a Universidade Positivo superou a Wageningen University & Research (Holanda) e a Universidade de Oxford (Inglaterra), primeira e segunda colocadas no ranking geral, onde há presença maior de instituições americanas, britânicas e holandesas.
"Esse desempenho destacável é relacionado com a utilização da água proveniente do lago do campus no aquecimento da piscina olímpica", observa Jair Bordignon, gerente de Operações e Gestão Ambiental da Universidade Positivo. "Como a água do lago é mais quente do que a temperatura ambiente, ela pode aquecer a água da piscina. Temos um trocador de calor que envia mais de 500 m3 da água do lago para a piscina. No verão, ele dá conta da piscina sozinho", detalha.
Consumo consciente e geração de resíduos
Manter o alto padrão de gestão de recursos ambientais e de sustentabilidade atingidos pela Universidade Positivo é um compromisso da instituição, disseminado e compartilhado entre colaboradores, alunos e visitantes. Prova disso é alta adesão desses públicos a ações de conscientização, como campanhas para redução de sobra de alimentos e de utilização racional de materiais de consumo, o que também contribuiu para a melhoria de 10% no critério resíduos, na comparação com a edição de 2018 do UI GreenMetric.
Cinco universidades brasileiras mais sustentáveis em 2019:
1ª Universidade de São Paulo (USP)
2ª Universidade Federal de Lavras (UFLA)
3ª Universidade Positivo
4ª Universidade de Campinas (UNICAMP)
5ª Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN)
Critérios de avaliação:
Local e infraestrutura: relação entre áreas abertas em relação à área total, área de floresta, área de vegetação plantada, área para absorção de água, total de área aberta dividida pela população total do campus, orçamento da universidade para ações de sustentabilidade.
Energia e mudanças climáticas: uso de aparelhos com melhor eficiência energética, implementação do smart building, número de fontes de energia renovável no campus, uso total de eletricidade dividido pela população total do campus, proporção de energia renovável produzida em relação ao uso anual, implementação de elementos de "construção verde", programa de redução de emissão de gases de efeito estufa, relação da pegada de carbono total dividido pela população do campus.
Resíduos: reciclagem de resíduos e de redução de papel e plástico, tratamento de resíduos orgânicos e inorgânicos, manipulação de resíduos tóxicos, coleta de esgoto.
Água: conservação e reuso, uso eficiente de aparelhos hidráulicos e água tratada.
Transporte: relação entre o total de veículos (carros e motos) dividido pela população do campus, serviços de transporte, política para veículos de emissão zero e número destes veículos em relação à população do campus, relação entre as áreas de estacionamento e a área total, programa para limitar ou reduzir as áreas de estacionamento, de iniciativas para diminuir a quantidade de veículos particulares no campus e política para pedestres.
Educação: proporção de cursos voltados à sustentabilidade em relação ao total de cursos, relação entre o orçamento destinado à pesquisa em sustentabilidade em relação ao total, publicações, eventos, relatórios, websites e organizações estudantis na área de sustentabilidade.
Fonte: UI GreenMetric World University Rankings (http://greenmetric.ui.ac.id)
