Com números expressivos nos mais diversos segmentos da indústria, a relação comercial entre Brasil e China tem sido importante para ambos os países. Ainda assim, é fato que as empresas brasileiras que querem negociar com os chineses também precisam de cautela e conhecimento para garantir bons resultados. Essa é a principal recomendação da Serpa China, consultoria de negócios especializada na conexão das empresas brasileiras e norte-americanas com o mercado chinês.
Diante desse cenário, Ian Lin, CEO da Serpa China no Brasil, avalia que a primeira ação das empresas brasileiras que querem fazer negócios com a China é procurar entender quais são os aspectos cruciais para construir uma relação de cooperação e ganho mútuo. "A China continua oferecendo um cenário propício para as companhias nacionais, mas é necessário garantir que esse processo tenha um bom custo-benefício para os dois lados. Sendo assim, é fundamental ter cautela na negociação com os fornecedores e avaliar bem os processos logísticos envolvidos na operação", diz.
De acordo com o executivo, é imprescindível que o empresário brasileiro conte com um fornecedor capaz de viabilizar respostas rápidas e que possua credibilidade no mercado. Ian Lin destaca, ainda, que o mais indicado é ter uma análise completa da situação financeira da empresa a ser contratada, avaliando dados relevantes sobre sua atuação e relação com outros clientes. Além disso, concluir todas as etapas do processo em conformidade com as regras internacionais, é também fundamental para obter sucesso.
Para saber mais sobre este cenário, a Serpa China preparou algumas dicas para que as organizações brasileiras reforcem a competitividade e descubram como selecionar e construir um forte relacionamento com os fornecedores, avaliar os custos logísticos e benefícios de importação.
1. Selecione bem o fornecedor: o primeiro passo para buscar uma parceria comercial na China é selecionar os fornecedores locais ideais. A indústria chinesa é vista como a "fábrica do mundo", por isso, independentemente do setor de atuação, será possível encontrar uma infinidade de opções de fornecedores. Ian Lin afirma que, apesar da abundância de opções à disposição, é extremamente importante que o líder brasileiro não se esqueça de analisar a credibilidade de cada um de seus fornecedores, checando a qualidade do produto oferecido e o atendimento ao consumidor, entre outros pontos.
2. Trabalhe para construir um relacionamento sólido com seu fornecedor: Uma dica importante - e muitas vezes esquecida - é a necessidade de se pensar na melhor abordagem de negociação com cada fornecedor. Por operarem em um mercado tão competitivo, os empresários chineses geralmente estão cheios de consultas e repletos de possibilidades de negócios. A negociação é, portanto, uma etapa crucial para conseguir preços competitivos e condições adequadas. É importante lembrar que a cultura de importação e fabricação de produtos na China é diferente da brasileira e, por isso, a melhor estratégia para iniciar o contato com um fornecedor chinês é ter o suporte de uma equipe com experiência no mercado brasileiro e chinês.
3. Avalie os custos logísticos e benefícios de importação: Outra medida para tornar a importação ainda mais competitiva é otimizar os custos logísticos. A escolha do parceiro logístico, por exemplo, não pode estar pautada apenas no valor das tarifas de frete internacional. Na maioria dos casos, é muito mais econômico contratar um serviço de logística integrada, que já inclui todas as despesas adicionais na origem e no destino da carga. Certifique-se de que a empresa está escolhendo um agente de carga que ofereça soluções competitivas de logística integrada e, ao mesmo tempo, tenha uma forte presença na China, sendo capaz de realizar operações customizadas para atender suas demandas no país. Além disso, é importante que esse agente possa ajudar na correta classificação tarifária para a importação. Assim, será possível avaliar se há como pleitear algum benefício para reduzir o custo total da importação.