Foi uma noite de festa nesta quarta-feira no Maracanã. Só esqueceram de combinar quem seriam os protagonistas dela. Diante de uma massa rubro-negra incrédula, a minoria azul festejou e tirou onda nos 2 a 0 do Cruzeiro sobre o Flamengo. Com direito a gritos de “O Maraca é nosso!”, os mineiros colocaram um pé e meio na vaga às quartas de final da Libertadores. Aos donos da casa, restou voltar para casa de cabeça baixa pelo futebol praticado por seu time. Mas não sem vaias e gritos de “sem vergonha” para os jogadores.
A situação do Flamengo ficou complicada. Para seguir adiante na Libertadores terá que vencer o Cruzeiro por três gols de diferença, no dia 29, em Belo Horizonte. Ou por dois, mas desde que marque três gols ou mais. Se devolver os 2 a 0, a decisão irá para os pênaltis. Antes, no entanto, o time volta suas atenções para as outras competições que disputa. Precisa recuperar o bom futebol esquecido em algum lugar do passado para, assim como na Libertadores, não ficar para trás. No domingo, volta a enfrentar o Cruzeiro, no Maracanã, pelo Brasileiro. Na quarta, dia 15, recebe o Grêmio, pelo jogo de volta das quartas Copa do Brasil.
Se jogar como ontem, dificilmente conseguirá levantar ao menos uma taça no ano. Se, no último sábado, sentiu a ausência de Diego, desta vez foi Paquetá que parece ter feito falta. Desde o primeiro minuto o time mostrou muita dificuldade em criar jogadas. E, quando conseguia, ia mal na finalização. Já o Cruzeiro, paciente, esperou os momentos certos. Logo aos 9 minutos de jogo, Arrascaeta aproveitou uma falha bisonha na linha de impedimento da zaga rubro-negra para marcar. Aos 32 do segundo tempo, foi a vez de Thiago Neves não perdoar após Renê perder a bola. Só não teve “créu”. Mas a vergonha já estava sacramentada.