30/07/2018 às 17h11min - Atualizada em 30/07/2018 às 17h11min
Temer diz que candidatos falam 'barbaridades' na campanha
Ao defender o fim do radicalismo político, presidente afirmou que 'sem o Congresso não se governa'
O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta segunda-feira, 30, que os candidatos nas eleições 2018 têm dito 'barbaridades' na campanha e pregou o fim da radicalização que, segundo ele, não é "útil ao País". Ele afirmou, ainda, que a agenda de seu governo foi cumprida num prazo de dois anos diante de uma oposição classificada de "radicalíssima".
"Digo isso para que os nossos pré-candidatos ouçam e se conscientizem disso para não dizerem barbaridades que, às vezes, dizem. Se você não tiver diálogo efetivo com o Congresso, você não governa", disse Temer. "Depois do momento político-eleitoral, vem o momento político-administrativo, onde é importante ter oposição, mas não no sentido político e sim no sentido jurídico [...]. Após as eleições, tem que se buscar o bem comum", declarou o emedebista ao discursar em almoço com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O presidente criticou ainda a desarmonia entre poderes e órgãos do Estado. "O que mais precisamos no País é concórdia. Instituímos nestes últimos anos um sistema de discórdia, de quase ódio, uma disputa, por exemplo, entre os poderes do Estado e entre órgãos dos poderes do Estado", disse.
Num discurso marcado pela defesa do seu governo, que está a cinco meses de encerrar o mandato, o presidente Michel Temer pediu também a continuidade da agenda implementada desde que chegou, há dois anos, ao Palácio do Planalto. "Meu maior desejo neste momento é que nós não venhamos a cortar aquilo que já foi começado. Precisamos continuar, e continuar exige governo de quatro anos, quem sabe de oito anos, não podemos parar tudo que está aí".
Temer fez na Fiesp um longo levantamento de medidas e feitos de seu governo. Citou, entre eles, as reformas do ensino médio e trabalhista, a regra que fixou um teto aos gastos públicos, a recuperação das estatais, a repactuação das dívidas dos Estados e a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro.
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