25/06/2019 às 21h36min - Atualizada em 25/06/2019 às 21h36min
Impactos da privatização da Amazonas Energia foi discutida em audiência presidida pelo deputado federal Capitão Alberto Neto
O encontro teve a participação de autoridades ligadas a prestação do serviço no Estado...
Divulgação Nesta terça-feira (25), foi realizada no âmbito da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, uma Audiência Pública presidida pelo deputado federal Capitão Alberto (PRB-AM) a fim de debater os impactos da privatização da Distribuidora Amazonas Energia. O encontro teve a participação de autoridades ligadas a prestação do serviço no Estado e de outros parlamentares da bancada amazonense.
Presente na Audiência Pública, o ex deputado Eron Bezerra explanou sobre as perdas sociais ocasionadas por privatizações de estatais como a ocorrida no Amazonas com a Cosama. A empresa era responsável pelo abastecimento de água no estado, mas teve o serviço privatizado na capital, continuando a operar somente no interior.
A engenheira florestal Fabíola Latino também demonstrou preocupação com o desenvolvimento social nas localidades do estado onde a empresa opera. A especialista questiona se a o consórcio que arrematou a Amazonas Energia terá interesse em continuar investindo nos locais mais afastados onde não retorno lucrativo para a empresa.
“Perdemos a questão social, o desenvolvimento social onde éramos referência por falta do Estado. A gente defende a Eletrobrás pública, o Brasil soberano que ajuda a regular e diminuir as desigualdades sociais. Os estados do Norte precisam de integração maior que não sabemos se permanecerá com a Eletrobrás privatizada”, citou a especialista.
Alberto Neto enfatizou durante o encontro que a privatização da Eletrobrás ocorreu em outros estados brasileiros e que já era uma tendência para o setor. O deputado explicou que seu papel como parlamentar é participar da fiscalização, entender as falhas e lutar por um marco regulatório que possa minimizar os impactos negativos para população.
“A privatização é um caminho sem volta, é uma realidade em todo país e nós não podemos ser contra a privatização. Temos as agências reguladoras para fazer o seu papel de cobrar investimentos e, lógico, o problema da privatização do setor elétrico é a falta de concorrência, o que reduziria o preço. Mas, nós vamos acompanhar de perto a empresa porque queremos ver o Amazonas prosperar e o setor elétrico é fundamental para isso”, concluiu.