PF faz buscas na casa de Jair Bolsonaro, que terá que usar tornozeleira eletrônica

Ex-chefe do Executivo também está proibido de acessar redes sociais e de ter contato com demais réus do processo

18/07/2025 07h36 - Atualizado há 1 dia
PF faz buscas na casa de Jair Bolsonaro, que terá que usar tornozeleira eletrônica
Foto: Reprodução

A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira (18) dois mandados de busca na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro e em endereços ligados ao PL (Partido Liberal).

 

Além disso, o ex-chefe do Executivo deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana.

 

Bolsonaro também está proibido de manter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, bem como se aproximar de embaixadas.

 

Outras restrições incluem a proibição de contato com os demais réus do processo e o acesso às redes sociais.

 

Todas as medidas foram autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito da PET n.º 14129. A representação foi feita pela PF, com parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República), pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e atentado à soberania nacional.

Notas de defesa

 

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição de medidas cautelares “severas” contra ele. Segundo os advogados, Bolsonaro sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.

 

“A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”, informou.

 

O Partido Liberal enviou nota afirmando que manifesta “estranheza e repúdio” diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira, que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido.

 

Relembre

 

A PGR solicitou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

 

Além dele, outras sete pessoas, incluindo generais e ex-ministros, também foram acusadas. A PGR afirma que Bolsonaro liderava a organização criminosa responsável por atos críticos contra a democracia.

 

Os crimes atribuídos ao grupo incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com penas que podem chegar a até 43 anos de prisão.

 

Entre os acusados, estão Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-líder do Exército.

 

O documento da PGR detalha que a tentativa de golpe não se concretizou devido à falta de apoio das Forças Armadas.

 

O julgamento está previsto para ocorrer entre o final de agosto e início de setembro. Em resposta às acusações, Bolsonaro negou envolvimento e classificou as alegações como infundadas.


FONTE: R7
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