O estado de Indiana, nos Estados Unidos, executou um homem por injeção letal nesta terça-feira (20). Benjamin Ritchie, de 45 anos, foi condenado por matar o policial Bill Toney, em 2000, e se encontrava no corredor da morte desde 2002.
O crime aconteceu quando Ritchie tinha 20 anos. Na ocasião, ele roubou, junto de outras pessoas, uma van em Beech Grove, perto de Indianápolis. Durante uma perseguição a pé, ele disparou um tiro fatal contra o policial. Ele já estava em liberade condicional por um furto que cometeu em 1998.
A vítima tinha 31 anos, era casado e pai de dois filhos. Ele trabalhava na Polícia de Beech Grove há dois anos quando foi morto. Na audiência de clemência realizada na última semana, a viúva de Toney, Dee Dee Horen, reiterou seu pedido pela execução, dizendo que era “hora de encerrar esse capítulo” e permitir que a família passasse a lembrar da vida de Bill e parasse de lidar com questões envolvendo sua morte.
Os advogados de Ritchie, por sua vez, defenderam a reversão da pena capital, argumentando que ele sofria de “graves danos cerebrais” em razão de transtornos do espectro alcoólico fetal, de exposição ao chumbo na infância e de transtorno bipolar.
EXECUÇÃO
Apesar dos esforços da defesa, o governador republicano Mike Braun rejeitou o pedido de clemência de Ritchie. Como resultado, o homem foi executado, aos 45 anos, na Prisão Estadual de Indiana, em Michigan City. O processo teve início pouco após a meia-noite e terminou às 0h46, no horário local.
Segundo comunicado do Departamento de Correções do estado, a última refeição de Ritchie ocorreu no restaurante Olive Garden, onde ele teria expressado “amor, apoio e paz” aos seus amigos e familiares.
Seu advogado, Steve Schutte, descreveu o que viu durante a execução.
– Eu não consegui ver o rosto dele. Ele já estava deitado. Ele se sentou, teve um espasmo, e depois se deitou novamente – relatou Schutte.
O estado de Indiana é um dos 27 que permitem pena de morte. Além da execução de Ritchie, há outras 12 agendadas para ocorrer este ano em oito estados. No último mês, um homem chamado James Osgood foi morto por injeção letal ontem após ser condenado pela justiça do Alabama.
Ele abusou sexualmente de uma mulher chamada Tracy Lynn Brown e a matou, com ajuda da própria namorada, que era prima da vítima e foi condenada à prisão perpétua. As últimas palavras de James foram um pedido de desculpas a Tracy.
– Eu nunca disse o nome dela desde aquele dia. Tracy, me desculpe – assinalou.