Uma operação integrada das polícias civis do Rio de Janeiro e do Pará prendeu, nesta sexta-feira, Bianca Duarte Franco, conhecida como “Fielzinha do 41” ou “Filha do 41”, apontada como integrante da facção Comando Vermelho. A jovem ganhou notoriedade após circular na internet uma imagem em que ela aparece ostentando um fuzil em um baile funk no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.
A prisão foi realizada no município de Cabo Frio, na Região dos Lagos, em uma comunidade dominada pelo Comando Vermelho. Além de Bianca, outras duas mulheres foram detidas em flagrante por tráfico e associação para o tráfico: Layane Tharlita Santos Santana, também do Pará, e Kalita Eduarda Ataíde, natural do Distrito Federal. A ação faz parte da Operação Parabellum, coordenada pela Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Com a detenção desta sexta, a operação já soma 35 mandados de prisão preventiva cumpridos desde o último dia 18 de abril. A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC) da Polícia Civil do Pará, com apoio da 64ª DP (São João de Meriti), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP).
Contra Bianca, também conhecida pelo apelido “Ayna”, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça paraense por integrar o braço do Comando Vermelho naquele estado. Segundo a DRFC, ela era responsável por cadastrar novos membros na facção após uma espécie de triagem interna — função comparada pelos investigadores à de um departamento de recursos humanos.
Layane, por sua vez, atuava como “mula” da organização, encarregada de transportar drogas entre favelas sem levantar suspeitas. Ainda de acordo com a polícia, ela recebia ordens diretas de Bianca. Já Kalita era a responsável pela venda direta de entorpecentes na comunidade onde ocorreu a ação desta sexta.
Segundo as autoridades, a operação reforça o alerta sobre a migração de membros de facções de outros estados para o Rio de Janeiro, em especial de integrantes do Comando Vermelho oriundos do Pará. A ação conjunta tem como objetivo frear a expansão territorial dessas organizações criminosas e fortalecer a integração entre as forças de segurança estaduais e federais.
