Um novo vídeo publicado nas redes sociais revela como se deu o ‘pouso duro’ com o jato Bombardier CRJ900 operado pela Endeavour em nome da Delta Airlines que se acidentou nesta segunda-feira em Toronto, no Canadá. ‘Hard landing’, ou pouso duro, é um evento no qual a aeronave toca o solo com velocidade de descida acima do desejado, resultando em um toque brusco e posterior necessidade de ação de manutenção, normalmente causado por velocidade e direção do vento.
A clear visual of the the Delta CRJ900, operated by Endeavor Air as Flight DL4819 from Minneapolis St. Paul, crash-landed at Toronto Pearson International Airport on Monday, flipping onto its side on the snow-covered Runway 24R, but miraculously, all the occupants survived.
— FL360aero (@fl360aero) February 18, 2025
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A imagem gravada no cockpit de outra aeronave que taxiava pelo Toronto Pearson International revela um pouso duro que resultou no colapso do trem de pouso principal do lado direito. Com isso, a aeronave perdeu a asa direita, bateu no chão e capotou, parando de ponta-cabeça. Chamas foram liberadas logo após o toque na pista e a Brigada de Incêndio atuou assim que os passageiros iniciaram a evacuação. A condição de neve por um lado auxiliou para que o fogo não se propagasse. A investigação dirá se houve alguma falha hidráulica ou nos flaps, por exemplo.
“The aircraft is upside down & burning.”
— Breaking911 (@Breaking911) February 17, 2025
Here’s the latest on the Delta plane crash in Toronto: pic.twitter.com/rGYa8m3Yrp
O acidente resultou em ferimentos em 18 pessoas, das 80 que estavam a bordo. As primeiras informações davam conta de três pessoas em estado crítico. As condições meteorológicas inspiravam atenção especial no momento do acidente, início da tarde de segunda-feira em Toronto, com ventos de pelo menos 55 km/h e neve cobrindo parte do pátio do terminal. Centenas de voos foram cancelados nos últimos dias no Toronto Pearson e em outros aeroportos do país por conta das nevascas.
Pista contaminada
Os Códigos de Condição da Pista são valores de contaminação da pista relatados aos pilotos pelo Serviço Automático de Informações de Terminal (ATIS) de um aeroporto.
Qualquer contaminante em uma pista, como água parada, neve ou gelo, pode afetar a ação de frenagem e a controlabilidade da aeronave ao decolar ou pousar. E a velocidade e sentido dos ventos sempre são levados em consideração. Os pilotos levam isso em consideração ao calcular fatores de desempenho, como velocidade de decisão de decolagem, distância de decolagem e distância de pouso.
A Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) adotou um sistema padronizado para relatar a condição das pistas aos pilotos, e para os pilotos relatarem a ação de frenagem resultante. Este sistema geral é chamado de Runway Condition Assessment Matrix (RCAM).
Dentro do RCAM, os códigos de condição da pista, variando de 6 a 0, indicam a condição da superfície da pista. Uma pista seca é indicada por um 6. Uma pista molhada, ou uma pista com neve leve, ou granizo, é indicada por um 5. Neve compactada é indicada por um 4. Níveis mais altos de neve seca ou molhada são indicados por um 3. Granizo e água parada são indicados por um 2. Gelo é indicado por um 1. Gelo molhado ou água em cima de neve compactada é indicado por um 0.