25/07/2023 às 08h41min - Atualizada em 25/07/2023 às 08h41min
ONG quer mudar o nome vagina para não ofender trans
Glossário para funcionários promove o termo "buraco bônus" ou "buraco frontal"
Pleno News
Foto: Reprodução Uma instituição de caridade que oferece suporte a pacientes transgêneros foi acusada de desumanizar as mulheres ao aconselhar médicos a se referirem à vagina como “buraco bônus”.
O Jo’s Cervical Cancer Trust, em parceria com a Fundação LGBT, ambas do Reino Unido, disponibiliza um guia em seu site que detalha a linguagem apropriada para lidar com homens trans.
A alternativa “buraco bônus” ou “buraco frontal” para se referir ao órgão sexual feminino seria menos perturbadora para esses pacientes. Segundo a instituição, a palavra “vagina” pode “fazer com que alguém se sinta magoado ou angustiado”.
A mudança das palavras está prevista no site oficial do Jo’s Cervical Cancer , um glossário interno com o título de Linguagem a ser usada para apoiar homens trans e/ou pessoas não binárias.
Ativistas dos direitos das mulheres e grupos conservadores rejeitaram essa orientação, com críticas à sua falta de veracidade biológica e preocupação com o impacto negativo na juventude.
Uma das pessoas que criticou a iniciativa é a ativista dos direitos das mulheres e cofundadora da LGB Alliance, Bev Jackson, que acredita que posições como essa desvalorizam as mulheres.
– Linguagem repugnante como esta, que intencionalmente desumaniza as mulheres, deve ser rejeitada por todas as pessoas razoáveis. O fato é que as mulheres têm vaginas. É terrível que alguém pense que a realidade é ofensiva. Se você acha que é ofensivo, o problema é seu – afirma a ativista.
E continua:
– Não há razão para o resto da sociedade adaptar nossa linguagem para não ofender as pessoas que se ofendem com a realidade. Algumas pessoas desejam ignorar as diferenças biológicas muito claras entre homens e mulheres.
O Jo’s Cervical Cancer Trust justifica a inclusão desse glossário como forma de apoio a profissionais de saúde que atendem pacientes trans em exames cervicais. Eles enfatizam o compromisso de prevenir o câncer cervical, incluindo informações para todos os grupos afetados, como homens trans e pessoas não binárias, além das mulheres.