02/03/2023 às 07h43min - Atualizada em 02/03/2023 às 07h43min
Petrobras registra lucro líquido de R$ 188,3 bilhões em 2022, o maior da história
Segundo a estatal, o resultado do ano passado foi obtido, principalmente, pela alta dos preços de petróleo
R7
Fachada da sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro - FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO A Petrobras atingiu um lucro líquido de R$ 188,3 bilhões em 2022. Segundo a estatal, esse é o maior lucro da história da empresa no período de um ano. Na comparação com 2021, quando a petroleira registrou ganhos de R$ 106,6 bilhões, o crescimento foi de 77%.
Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (1º) com os números do desempenho da empresa no quarto trimestre do ano passado, quando o lucro líquido da companhia foi de R$ 43,3 bilhões, 38% superior ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a Petrobras, o aumento do lucro líquido no ano passado se deve principalmente à alta dos preços de petróleo (Brent), melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa.
Ainda de acordo com a estatal, a dívida financeira da Petrobras encerrou o ano em US$ 30 bilhões, uma redução de 16% em relação a 2021. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 340,5 bilhões, o maior nível já registrado.
Em 2022, os recursos gerados pelas atividades operacionais da Petrobras também alcançaram um índice recorde, de R$ 255,4 bilhões, e o fluxo de caixa livre positivo totalizou R$ 205,8 bilhões, maior marca já atingida pela estatal. Além disso, ao longo do ano passado, a companhia recolheu o total de R$ 279 bilhões em tributos e participações governamentais no Brasil.
Os investimentos da empresa totalizaram US$ 9,8 bilhões em 2022, aumento de 12% em relação a 2021, em decorrência do pagamento do bônus de assinatura relativo aos campos de Sépia e Atapu e de maiores investimentos em modernização e adequação de refinarias, além de gastos com manutenção de ativos logísticos.
A empresa anunciou, ainda, o pagamento de dividendos no valor de R$ 35,8 bilhões aos acionistas. A primeira parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, será distribuída em 19 de maio. A segunda, no mesmo valor, será paga em 16 de junho.