28/09/2022 às 20h33min - Atualizada em 28/09/2022 às 20h33min

Moraes faz gesto de degola após voto de desembargadora a favor de Bolsonaro; veja vídeo

Vídeo viralizou e foi usado por apoiadores de Bolsonaro para demonstrar suposta indisposição do ministro com o presidente

R7
A imagem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fazendo um sinal de "degola" na sessão de julgamento no plenário da corte nesta terça-feira (27) está circulando nas redes e desagradou a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). No momento do gesto, a magistrada Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro votava contra a proibição de o presidente Jair Bolsonaro realizar lives com enfoque eleitoral nos palácios da Alvorada e do Planalto.


A Record TV procurou a assessoria de imprensa do TSE para comentar o episódio, mas a corte não se manifestou sobre o tema até a última atualização desta matéria. Apesar disso, a reportagem apurou nos bastidores que o gesto de Moraes não teria relação com o voto da ministra ou com o presidente Jair Bolsonaro.

A explicação que corre nos corredores do TSE é que Moraes estaria gesticulando para um juiz auxiliar sentado na primeira fila do plenário. Outros ministros do TSE também minimizaram o episódio.

O trecho do vídeo circula entre apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) desde a noite de ontem como uma desmonstração da suposta indisposição do ministro em relação ao presidente e chegou a ser comentado por um dos filhos do chefe do Executivo, o vereador Carlos Bolsonaro. "O que será que o ministro Alexandre de Moraes quis dizer com esse gesto?", questionou.

Moraes fez o gesto logo após a ministra Bucchianeri começar a falar. Para a magistrada, as lives no Palácio da Alvorada não são atos vedados. “Entendo que o fato de fazer uma live com estante de livro ou parede branca, mas na residência oficial, não agrega nenhum valor a uma live que seria feita em quarto de hotel, mas com fundo branco”, argumentou a ministra do TSE.

No entanto, para a maioria dos ministros, 4 contra 3, o presidente não pode usar as dependências de prédios públicos para fazer lives eleitorais. O uso do espaço, segundo o plenário, fere a isonomia entre os candidatos pelo fator “icônico”.

Desde que assumiu o cargo, em 2019, Bolsonaro passou a fazer transmissões ao vivo nas redes sociais uma vez por semana, geralmente na quinta-feira. Com a campanha eleitoral chegando à reta final, o candidato à reeleição prometeu uma live por dia.

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