05/12/2018 às 10h10min - Atualizada em 05/12/2018 às 10h10min

Crianças de 2 e 7 anos são lançadas por cima de muro que separa México e EUA; vídeo

O vídeo foi gravado na região de Yuma, parte da fronteira que separa os EUA do México no Arizona.

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Imagens divulgadas pela Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos mostram crianças pequenas sendo jogadas por cima de um muro que separa os territórios mexicano e americano. De 2 e 7 anos, elas são lançadas do alto aos braços dos seus pais por um suposto traficante de pessoas, de acordo com as autoridades. O vídeo expõe o drama a que as famílias de migrantes que buscam cruzar sem documentos aos EUA precisam se sujeitar, muitas vezes correndo altos riscos. O muro tem cerca de 5,5 metros de altura.

O vídeo foi gravado na região de Yuma, parte da fronteira que separa os EUA do México no Arizona. A região tem registrado aumento no número de entradas de imigrantes por caminhos não oficiais, à medida em que autoridades fortalecem os controles nas passagens fronteiriças de Tijuana e Mexicali por conta da chegada da caravana de migrantes centro-americanos a esta área.

O caso ocorreu na manhã desta segunda-feira. Segundo a Patrulha de Fronteira, havia seis parentes da família filmada no local quando os seus agentes chegaram. Eles foram detidos. Uma das crianças ficou com o nariz sangrando e recebeu cuidados médicos. O suposto traficante de pessoas que levara os migrantes até ali voltou para o México e não foi detido, disseram as autoridades.

Imagens dramáticas da migração na fronteira entre EUA e México vêm emergindo com frequência nos últimos dias. Os milhares de migrantes da caravana centro-americana, a maioria famílias hondurenhas com filhos, vivem há vários dias ao ar livre em um abrigo improvisado pelas autoridades mexicanas em um centro esportivo localizado em um bairro marginal de Tijuana.

Muitos desses migrantes estão tramitando um visto humanitário que lhes permita permanecer e trabalhar no México legalmente, um processo que pode levar várias semanas. A caravana percorreu mais de 4 mil quilômetros com a esperança de viver nos Estados Unidos, longe da pobreza e da violência em seus países. Mas o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os acusa de querer executar uma "invasão" em seu país e os obriga a permanecer no México enquanto solicitam asilo nos escritórios de fronteira. Para este processo há uma lista de espera de mais de 5 mil pessoas.

 

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