Um auxiliar técnico de informática americano, de 47 anos, foi preso acusado de explorar sexualmente uma adolescente de 14, em um hotel de luxo no Rio. Jason Roy Hutchinson teria pago a passagem e a hospedagem da menina, da sua mãe e de seu irmão, de 2 anos, em Copacabana, na Zona Sul da cidade. As investigações mostram que a menor estaria sendo submetida a prostituição e a família valia-se economicamente dessa exploração sexual.
De acordo com o delegado Felipe Santoro, titular da 13a DP (Ipanema), Jason se hospedou em um quarto ao lado do que ficou a menor com a mãe e o irmão, em um estabelecimento cinco estrelas na Avenida Atlântica. Os três moram em São Paulo e tiveram todas as despesas custeadas pelo estrangeiro exclusivamente para a realização do encontro sexual - somente a diária do hotel gira em torno de R$ 1.500.
"Diante de todas as provas colhidas, acreditamos que a vítima vinha sendo explorada sexualmente há algum tempo, já que a mãe não trabalha e acompanha a filha em diversas viagens. Ela, inclusive, lhe instruía a como agir com os clientes", explicou o delegado.
Depois de denúncias, os agentes flagraram Jason e a menina tendo relações sexuais no quarto dele. Imagens de câmeras de segurança também mostram os dois se acariciando nos elevadores e nas dependências do hotel.
Em depoimento, Jason contou que mora em Hermosa Beach, na Califórnia, e planejou vir para o Brasil em companhia da esposa. Mas, por ela ser médica e trabalhar na linha de frente do combate ao coronavírus, ficou impossibilitada de viajar. Ele assumiu o encontro com a adolescente mas negou que soubesse de sua idade. O estrangeiro e a mãe da menina foram autuados pelo crime de favorecimento da prostituição.