Brendo Cristian da Silva Neves, de 19 anos, segue internado em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Platão Araújo, segundo informou a polícia nesta segunda-feira (19). Ele é acusado de matar com 10 facadas a namorada dele, Maria Eliza da Silva Viana, que tinha 23 anos. O crime aconteceu, no último sábado (17), dentro de um apartamento no conjunto Viver Melhor II, Zona Norte de Manaus.
“Ele está vivo por um milagre. Ainda está inconsciente, mas sob custódia de uma equipe policial”, informou a delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que investiga o caso por meio do Núcleo de Combate ao Feminicídio.
Campello explicou, ainda, que não há confirmação se Brendo havia, de fato, cometido uma tentativa de suicídio depois de tirar a vida de Eliza.
Em depoimento na DEHS, familiares de Brendo relataram que ele possui transtornos psicológicos e que, em outra ocasião, já teria tentado tirar a própria vida. “Alegaram que ele tem problemas mentais, mas ainda não temos laudos no inquérito. O Juiz vai analisar essa situação”, pontou Campello.
No dia do crime, Brendo teria convidado Eliza para ir até ao apartamento, onde ele morava com a tia, para tentar reatar o namoro. O casal estava junto há cerca de 8 meses e ele não aceitava o fim do relacionamento.
“Ela havia terminado o namoro, mas, como todo relacionamento conturbado e cheio de ciúmes, continuaram conversando. Ela aceitou o convite e foi até à casa e, infelizmente, acabou sendo morta de forma brutal”, contou Marília. O caso está registrado como feminicídio.
O caso
Maria Eliza foi morta a facadas, por volta das 9h30, do último sábado (17), dentro de um apartamento no conjunto Viver Melhor 2, na Zona Norte de Manaus. O principal suspeito é o ex-namorado dela, Brendo Cristian, que também foi esfaqueado e a polícia desconfia de luta corporal.
De acordo com o tenente Ronaldo Azevedo, da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), vizinhos ouviram uma briga entre o casal. Eles quebraram móveis e Maria Eliza gritava pedindo para não morrer.