15/09/2020 às 10h32min - Atualizada em 15/09/2020 às 10h32min

Homem é inocentado de estupro e assassinato após passar 37 anos na prisão

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Foto: Reprodução
Após 37 anos atrás das grades, um homem da Flórida, nos Estados Unidos, foi inocentado na segunda-feira. Robert DuBoise, de 55 anos, foi acusado em 1983 pelo assassinato de Barbara Grams, de 19 anos, estuprada e espancada quando voltava do trabalho na cidade de Tampa.

— Eu estava esperando por este dia. Agora vou tentar continuar com minha vida — disse DuBoise após a sentença.

A revisão do caso mostrou que a marca de mordida no corpo da vítima, usada como prova do crime na época, não era confiável, já que a polícia usou cera de abelha para retirar uma amostra da arcada dentária de DuBoise. Atualmente, essa técnica é descartada por peritos. Um exame de DNA recente determinou que a prisão havia sido um equívoco.

A liberação de DuBoise foi resultado de um trabalho de cooperação entre promotores de Justiça e integrantes da organização "The Inocent Project" (Projeto Inocência, em português), que trabalha defendendo gratuitamente pessoas presas por engano.


Desde de 2018 o projeto atuava no caso de DuBoise. Havia convicção de que as provas do crime foram destruídas em 1990, mas Teresa Hall, a advogada responsável pelo caso, descobriu que amostras antigas de DNA colhidas na época estavam armazenadas no Instituto Médico Legal do condado de Hillsborough, o que foi crucial para provar a inocência do acusado.


DuBoise foi libertado no final de agosto, mas a audiência que concluiu o caso foi realizada apenas no início desta semana. Preso com 18 anos, ele nunca usou um computador ou um celular.


Durante quase quatro décadas, a alimentação se restringiu a arroz e feijão. No dia em que saiu da prisão, a mãe e a irmã o aguardavam na saída. Na época, contou que já havia desistido de lutar pelo caso e que a única esperança que tinha era a liberdade condicional. Mesmo quando recebeu a notícia de que seria libertado, teve receio de que algo desse errado.


— Depois de todos esses anos, você sempre se pergunta se eles vão criar um novo obstáculo em algum lugar — disse ele aos jornalistas.

O assassinato de Barbara Grams voltou para a lista de casos não resolvidos. A Justiça já tem provas de que na verdade duas pessoas teriam participado do crime. Nenhum deles era DuBoise.

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