31/07/2020 às 14h08min - Atualizada em 31/07/2020 às 14h08min

“Líderes de facções no Amazonas vão se fortalecer e terão novos conflitos”, alerta Capitão Alberto Neto em reunião com Ministério Público

Rita Ferreira
Divulgação
Manaus - Na segunda-feira (26), o presidente da Frente Parlamentar do Sistema Penitenciário deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) esteve na sede do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), na zona oeste de Manaus, para conversar sobre os 15 líderes de facções criminosas que retornaram para Manaus este mês. Os detentos cumpriam pena em presídios de segurança máxima. 

“Isso me parece uma tragédia anunciada. O sistema penitenciário do nosso estado ainda é muito frágil, foi palco de massacre em 2017 e de outro ano passado. Essas lideranças aqui no estado vão se fortalecer, terão novos conflitos. Isso reflete na segurança pública, onde a sociedade vira palco de guerras entre facções que estão interessadas na rota do tráfico”, disse.  

O parlamentar teve uma reunião com representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para tratar sobre o retorno dos presos oriundos dos presídios federais com intuito de entender quais as motivações do Governo do Amazonas e da Justiça do Amazonas para solicitarem do Ministério da Justiça a renovação da permanência dos detentos em penitenciárias de segurança máxima.

“Denunciei durante a pandemia, que presos perigosos, assassinos, estupradores, líderes de facções criminosas estavam sendo beneficiados com a prisão domiciliar com a justificativa do coronavírus. Hoje, na reunião com Ministério Público fui informado de situações ainda piores. Presos de alta periculosidade solicitando progressão de pena para daqui a dois anos com a justificativa do coronavírus. Um verdadeiro absurdo”, ressaltou. 

Retorno - Em 16 de julho, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que 15 detentos que cumpriam pena em presídios de segurança máxima, sob custódia do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), haviam retornado para Manaus. Os internos foram alocados no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), no km 08 da BR-174. 

No entanto, o Governo do Amazonas não explicou porque a permanência dos detentos em presídios federais não foi renovada. Por medidas de segurança os internos não tiveram os nomes divulgados, mas a Secretaria informou que eles cumprem pena pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio, latrocínio e formação de quadrilha.  

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