22/07/2020 às 10h02min - Atualizada em 22/07/2020 às 10h21min

Imóvel no exterior: quais são os documentos necessários para fazer a solicitação do financiamento?

Economista e investidor, Luís Felipe Neiva Silveira explica quais são as exigências para se adquirir um imóvel fora do Brasil e por que o cenário atual é excelente para realizar a aquisição.

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Foto: Reprodução


A busca por investimentos em imóveis no exterior está se tornando uma prática cada vez mais comum entre os brasileiros. Segundo dados da pesquisa Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), realizada pelo Banco Central do Brasil (BC), a procura pela aquisição de imóveis no exterior aumentou em 240%, entre os anos de 2007 a 2017, atingindo o valor de US$6,3 bilhões.

A mesma pesquisa aponta que 34% destes investimentos foram feitos nos Estados Unidos, uma porcentagem que corresponde ao valor de US$2,1 bilhões. 

Os motivos que incitam muitos brasileiros a realizar investimentos em imóveis fora do país são vários, mas os principais são a estabilidade e a solidez econômica.

O Brasil é um país que apresenta recorrentes momentos de instabilidade econômica, por isso, é importante ter uma carteira de investimentos diversificada e globalizada, com ativos em países onde a economia é mais estável. Assim, é possível garantir uma boa rentabilidade e diminuir os riscos de variação de preço no mercado imobiliário. 

Para o economista e investidor, Luís Felipe Neiva Silveira, “A moeda brasileira vem perdendo muito valor frente ao dólar. Portanto, o investimento num ativo americano é sempre bem-vindo. Caso a pessoa decida por alugar o imóvel, ter uma renda em moeda forte também faz muita diferença”. 

Afinal, quais são os documentos necessários para adquirir um imóvel no exterior?

Como em toda a negociação, o processo de aquisição pode ser um pouco burocrático. Os documentos necessários para realizar a compra de um imóvel fora do Brasil variam de acordo a legislação do país que se deseja investir. 

Porém, os documentos básicos para realizar a aquisição são:

Se for pessoa física será necessário: 

  • Imposto de renda;
  • Comprovante de renda;
  • Passaporte;
  • Visto válido do país onde se quer financiar;
  • Comprovante de residência;
  • Extrato de contas de investimento e aplicações financeiras. 

Já para a pessoa jurídica: todos os itens necessários para a pessoa física mais o contrato social da empresa e algumas declarações cadastrais. 

Dependendo da instituição financeira escolhida pelo investidor, também será necessário realizar a tradução de todos os documentos solicitados para a língua do país que se deseja comprar o imóvel.

É importante ter em mente que um fator muito comum que pode reprovar o interessado é a renda disponível insuficiente. Pois, muitos potenciais compradores são investidores e possuem aplicações financeiras, o que, teoricamente, comprova a capacidade de pagamento. Porém, o banco precisa ter uma comprovação de renda formal como, por exemplo, um pró-labore.

Como se programar para fazer a compra?

Para quem deseja realizar a compra de seu primeiro imóvel no exterior é necessário estar ciente que um investimento em uma moeda estrangeira exige disciplina, um planejamento financeiro estruturado e prevenção para possíveis reajustes do valor da moeda de acordo com o câmbio vigente. 

Nesse sentido, Luis Felipe Neiva Silveira reforça “É importante ter ciência que ao assumir um financiamento em dólar envolve uma disciplina financeira maior para não ser pego de surpresa.” e complementa “Além disso, montar uma estrutura jurídica para ter o imóvel é essencial.”

Com a pandemia de coronavírus houve uma desestabilização no setor imobiliário. O aumento do número de desempregados e a perda do poder de compra do consumidor provocou uma recessão econômica mundial. Isso resultou na queda da procura pela compra de imóveis e, consequentemente, na baixa de preços. 

Para quem estava esperando o momento certo para investir em um imóvel fora do país, esse é o momento. Segundo Luis Felipe “O momento atual é excelente para realizar a compra de um imóvel fora do Brasil, pois as taxas de juros no mundo todo estão nos níveis mais baixos e até negativos.” Com a baixa procura, os bancos estão oferecendo créditos mais atrativos, o que facilita a aprovação, e abre uma maior margem para a negociação.

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