O Brasil registrou 1.220 mortes por covid-19 e 42.619 casos confirmados da doença nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (09/07).
O balanço diário eleva o total de infecções para 1.755.779. O país soma ainda o trágico número de 69.184 óbitos causados pelo Sars-Cov-2. Ao todo, 1.054.043 pacientes se recuperaram da doença, segundo o Ministério da Saúde.
Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação das ocorrências.
A cifra de novas infecções em 24 horas segue a tendência dos últimos dias de mais de 40 mil casos diários. Na quarta-feira, foram 44.571 novas confirmações, e na terça-feira, 45.305. As mortes diárias também têm ficado acima de 1.200: na terça foram 1.254 e na quarta, 1.223.
Um dos novos casos confirmados nesta semana foi o do presidente Jair Bolsonaro, que comunicou na terça-feira o resultado positivo. Nesta quinta, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) informou que o mandatário apresenta "boas condições de saúde" e seu quadro "evolui bem, sem intercorrência".
São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 349.715 casos e 17.118 mortes. O número de infectados no território paulista supera até mesmo os registrados em países europeus duramente atingidos pela crise de covid-19, como Reino Unido, Espanha e Itália.
Autoridades da capital paulista afirmaram nesta quinta-feira que a prevalência de covid-19 na cidade se mantém estável mesmo com a flexibilização das medidas, e por isso anunciaram a reabertura de 70 dos mais de 100 parques municipais a partir da próxima segunda-feira, 13 de julho, incluindo o Ibirapuera. Haverá, no entanto, limitação de público e de horário de funcionamento.
O Ceará é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 131 mil, e o terceiro em número de mortos, com 6.741 vítimas. Já o Rio de Janeiro tem 128.324 infecções e 11.115 óbitos, o que o coloca atrás de São Paulo como o segundo estado com mais mortes.
Segundo o Ministério da Saúde e o Conass, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 32,9 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (3,81) e o Uruguai (0,84), considerados exemplos no combate à pandemia.
Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (67,08) e a Bélgica (85,59), ainda aparecem bem à frente. Esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que acumulam mais de 3,1 milhões de casos e mais de 133 mil óbitos.