Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou pandemia pela COVID-19, o governo adotou condutas de prevenção e não propagação do vírus. Uma das ações foi o fechamento das escolas e a adaptação de ensino à distância para mais de 35,5 milhões de crianças no Brasil, segundo dados demográficos estimados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018.
O isolamento social quebrou a rotina e propiciou uma desestabilização emocional dos adultos, gerando um ambiente de tensão, permeado por medos, incertezas e ansiedade. A psicóloga clínica e especialista em terapia infantil, Angélica Pedroso de Carvalho, explica que este cenário potencializa sentimentos de angústia nas crianças também. "O que temos vivido é novo para todos - independente da faixa etária, classe social e grau de escolaridade-, e desencadeia uma série de sensações, muitas vezes acompanhadas de sofrimento emocional, que pode resultar em inúmeros conflitos internos e nas relações familiares".
Em quase um mês de quarentena, muitas famílias ainda encontram dificuldades para ajustar a nova rotina e lidar com home office e filhos em casa ao mesmo tempo, necessitando de atenção e auxílio para as tarefas escolares, por exemplo. Angélica relata que os pais têm se queixado e não conseguem ativar a concentração nos pequenos. "É importante ressaltar que as crianças de hoje em dia são hiperestimuladas, elas jogam no celular, no tablet, assistem TV e brincam ao mesmo tempo. O desafio de trabalhar a concentração na infância é grande e não apenas pelo momento atual", explica a especialista.
A ansiedade e a tensão durante a situação atual de pandemia e isolamento social, potencializam o estresse que impede as crianças de focarem a atenção para desenvolver as lições de casa enviadas pelas escolas ou simplesmente para atividades comuns como assistir a um filme, desenho ou até mesmo conseguir brincar. "Tudo mudou e é preciso de tempo, paciência e estratégias para que todos consigam se adaptar à nova rotina, tanto os adultos quanto as crianças", acrescenta a psicóloga.
Por isso, muitas famílias têm buscado alternativas para lidar com este tempo de quarentena. A terapeuta infantil explica que é essencial estipular rotinas e, sobretudo, realizar atividades para promover a saúde emocional dos pequenos, como inseri-los nas tarefas do lar. Dessa forma, eles se sentirão importantes por ajudarem os adultos. Também é importante reservar um tempo, durante o dia, para brincar com as crianças e estimulá-la a praticarem atividades físicas para mantê-las em movimento.
"Por meio do exercício físico a criança desenvolve consciência corporal, além de ajudar na externalização da energia e verbalização dos sentimentos e sensações. Neste momento de isolamento social, a dança é, sem dúvidas, uma das mais importantes atividades que pode possibilitar aos pequenos uma maneira de lidar com suas emoções. A dança tem o poder de relaxamento, diminuindo a tensão, o estresse e ansiedade, aumentando a capacidade de concentração e criatividade. Além disso, dançar também promove o bem-estar, pois ativa os hormônios responsáveis pela sensação de alegria", finaliza a especialista.
Dançando em casa
Desde que foi decretado o isolamento social, Camila Moretti, mãe da Lara de 6 anos, conta que tentou preservar ao máximo a rotina da filha. "Não é fácil manter fielmente tudo o que estávamos acostumados a fazer, mas as obrigações e todas as coisas que a Lara gosta de fazer, determinei como essencial neste momento".
Além de frequentar a escola regular, a Lara fazia aulas de Zumba® Kids duas vezes por semana no clube. Eram 40 minutos de atividade, que além de ser um exercício físico, também era um período de diversão. A saída encontrada por Camila foi continuar com as aulas de dança virtualmente. "Percebo o quanto esses momentos têm a deixado alegre, porque ela encontra as amiguinhas na sala online para dançar", explica.
Erika Noguchi Feitosa, mãe da Luísa de 9 anos, também aderiu às aulas de dança virtuais. "A Luísa é uma menina tímida que tem vivenciado muitas mudanças nos últimos meses. Recentemente viemos morar em Nova York e logo veio o lockdown, quis ao máximo preservar o estado emocional dela e, desde que o professor de Zumba® Kids dela no Brasil começou as aulas online, aderi. Noto que ela fica mais extrovertida, consegue brincar e se relacionar com as outras crianças. Sinto minha filha mais leve e feliz", conta animada.
A prática da atividade física na infância é extremamente essencial para o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. Karla Mead, especialista em educação de Zumba®, explica que as aulas de Zumba® Kids são adaptadas para crianças, com coreografias que não insinuam a sensualidade e preservam a inocência e a essência infantil. "São aulas de 40 minutos que incorporam os principais elementos de desenvolvimento da criança como: liderança, respeito, trabalho em equipe, confiança, autoestima, memória, criatividade, coordenação motora e consciência cultural".
Para encontrar a aula de Zumba® Kids entre em contato com seu instrutor e verifique os horários das aulas virtuais disponíveis. Para aqueles que querem começar a praticar um exercício em casa, pesquise em #zumbavirtual um instrutor e tenha acesso a agenda dele. Para mais informações, acesse www.zumba.com.