03/06/2020 às 14h13min - Atualizada em 09/06/2020 às 00h06min

Quais os impactos da pandemia na rotina dos atletas brasileiros

Não dá pra negar, a pandemia global da COVID-19 alterou a vida de centenas de milhares de pessoas. Rotinas alteradas, medo, isolamento social e novos problemas inimagináveis ainda surgirão. Em meio a essa loucura, uma pergunta surgiu: Quais os impactos da pandemia na rotina dos atletas brasileiros? Por isso este conteúdo traz uma série de entrevistas para entender o tamanho do problema.

DINO
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Marcado pela pandemia da COVID-19, o ano de 2020 já entrou para a história. Um vírus que afetou, de maneira global, a vida, o trabalho e até mesmo a liberdade de milhares de pessoas. Assunto em todos os noticiários, o medo, o isolamento social e todos os problemas causados por um vírus agressivo e mortal, capaz de afetar a indústria, o comércio, as fronteiras e causar um caos generalizado.

Em meio a tudo isso, 2020 era um ano promissor para o esporte, marcado por campeonatos mundiais e as novas categorias esportivas que ganharam espaço nas olimpíadas. Um Sonho, que para muitos atletas estava perto de se realizar. Mas o que mudou com a pandemia? Uma série de entrevistas, com alguns atletas, de diversos esportes e níveis, tenta responder esta pergunta.

Os relatos sinceros e emocionantes deram voz a esses jovens, que sentiram fisicamente e emocionalmente o impacto do isolamento.

Para João Victor, mais conhecido como João Hand Bike, um atleta de paraciclismo com apenas 15 anos, a maior dificuldade, durante a pandemia, foi a distância da escola e dos amigos. Além dos treinos, claro, que tiveram que ser adaptados. Sobre a mente, ele afirma estar tranquilo, favorecido por sua mãe, que é enfermeira e orientou sobre os cuidados necessários. Com calma e consciência, o adolescente afirma estar ciente do que pode e do que não pode, e completa dizendo "vamos respeitar a quarentena para tudo isso passar o mais rápido possível".

Já para Letícia Gonçalves, 22 anos, skatista de São Paulo, dona de alguns títulos desde 2016 e que atualmente faz parte da seleção brasileira de skate park. A pandemia afetou não somente a agenda de competições, como também a rotina de treinos.
O ano de 2020 seria importante para o esporte, diz Letícia, uma vez que marcaria a estreia do skate nas olimpíadas. No entanto, com a pandemia todos os campeonatos mundiais e ranqueados foram cancelados e a olimpíada foi adiada para 2021. Há mais de 70 dias em isolamento e proibida de subir num skate, sob o risco de lesões, a atleta fala sobre o medo de precisar de hospitais neste momento tão delicado. Ao ser questionada sobre o adiamento das olimpíadas, a atleta rebate com otimismo, "Para olimpíadas vejo esse tempo como oportunidade, que assim que tudo isso passar iremos ter mais tempo para treinar." Hoje a atleta está entre as 20 melhores skatistas do mundo e ocupa a quinta posição entre as brasileiras.

Em depoimento à equipe de redação, Jonathan Moura, atleta catarinense, profissional de BMX Free Style, que ocupa a nona colocação no ranking brasileiro e é o atleta mais novo na categoria pró masculina. Uma categoria que também estaria nas Olimpíadas de Tóquio em 2020. Ele cita que tanto as olimpíadas como outros campeonatos mundiais e nacionais foram adiados para 2021 e outros foram cancelados, sem previsão de nova agenda. Uma decisão que, na opinião do Jonathan, foi assertiva, considerando o fechamento de parques e centros de treino, impactando a rotina de muitos atletas. Ele revela ainda, que em sua cidade, 5 pilotos se uniram para criar uma pista de terra, numa região retirada do centro e afastada da aglomeração, para não parar com os treinos. Embora não seja na mesma categoria, a qual competem, foi uma estratégia para não ficar totalmente parado. Segundo o piloto, a Confederação Brasileira ainda não divulgou nenhuma nota, mas ele está na torcida para a liberação das pistas de treino. O atleta concluiu a entrevista, dizendo que está esperançoso de que tudo passe logo, pois não aguenta mais ficar em casa, sem praticar.

Já para Serginho Laus, surfista e desbravador de pororocas pelo mundo, o isolamento social e o fechamento das praias, que impediram a prática do surf, esporte a qual se dedica há anos, foram as piores dificuldades. Segundo o surfista, a quarentena serviu para praticar ioga, alongamento e treinar a mente. Além de aproveitar para assistir vídeos antigos, como uma forma de analisar e melhorar sua performance. Hoje, com a liberação das praias para a prática de surf, Serginho retomou os treinos dentro d’água e deixou uma dica para os leitores "Se cuidem, permaneçam em casa, tomem as devidas precauções para conter essa pandemia, pra frente, Valeu."

Com certeza a pandemia deixará cicatrizes na sociedade. Vale lembrar que mesmo com o retorno lento das atividades esportivas, do comércio e de algumas atividades de rotina, o momento ainda é delicado e pede cuidado. Ficar em casa, evitar aglomerações, usar máscaras e lavar as mãos ainda é o melhor remédio.

Equipe Two Dogs Elétricos



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