14/09/2018 às 21h52min - Atualizada em 14/09/2018 às 21h52min

Homem que alugava casas e depois as vendia como sendo proprietário dos imóveis é preso na Cidade Nova

Ele fotografava a parte interna dos imóveis e se passava como dono do lugar, posteriormente passava a anunciar nas redes sociais.

PC-AM
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A Polícia Civil do Amazonas, representada pelo delegado Ricardo Cunha, titular do 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP), falou durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (14/9), às 16h, no prédio da unidade policial, sobre ação policial que resultou no cumprimento de mandado de prisão preventiva por estelionato em nome de Adriano Quintelo de Castro, 34, conhecido como “Cebola”. 

De acordo com a autoridade policial, a equipe de investigação do 6° DIP iniciou as diligências em torno do caso após os registros de Boletins de Ocorrência (BOs), de pelo menos três vítimas, informando que um homem que se identificava como “João Paulo Oliveira da Silva”, alugava casas de propriedade das vítimas e, em seguida, as vendia como sendo dele. 

“Cebola” foi preso pelos policiais civis do 6° DIP na manhã de hoje, por volta das 11h30, nas proximidades da unidade policial, no bairro Cidade Nova, zona norte da capital. O mandado de prisão preventiva em nome de Adriano foi expedido no dia 6 de setembro deste ano, pelo juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos, no Plantão Criminal. 

 
Modus operandi


Segundo Cunha, Adriano alugava imóveis em diversos locais da cidade, em seguida fotografava a parte interna dos imóveis e se passava como dono do lugar, posteriormente passava a anunciar nas redes sociais. 
“A partir do momento que o infrator passou a anunciar a venda dessas casas abaixo do valor de mercado, as vítimas apareciam e, ao inventar alguns fatos, ele acabava convencendo as vítimas a fecharem o negócio e comprar o imóvel à vista, sempre no mesmo valor de R$ 50 ou 60 mil”, explicou o delegado.

A autoridade policial relatou que após o acordo realizado com os compradores, as vítimas passavam a morar no imóvel, quando o verdadeiro dono do lugar aparecia para cobrar novamente o valor do aluguel de Adriano, ambos descobriam que haviam sido enganados. 

Conforme Cunha, foi constatado que os golpes aplicados por Adriano já causaram prejuízo às vítimas no valor de R$ 150 mil. “Durante as investigações, eu representei junto à Justiça pela prisão preventiva em nome dele. Após os trabalhos em campo pela equipe, obtivemos êxito na prisão do infrator. Essa investigação durou cerca de dois meses. Esse trabalho é mais uma das ações bem sucedidas da Polícia Civil no combate aos golpes realizados no Estado”, declarou a autoridade policial.  

O delegado informou que Adriano, para aplicar os golpes, utilizava o nome de uma pessoa já falecida no ano de 2017. “Diante disso, nossas investigações ainda seguem em andamento para verificarmos a possível participação de outros indivíduos nessa prática criminosa”, disse.

 
Denúncias 


Ricardo Cunha ressaltou que a pratica criminosa adotada por “Cebola”, provavelmente, tenha outras vítimas. “Quem puder colaborar com o nosso trabalho investigativo e que tenha sido vítima desse golpe praticado por Adriano, peço que entre em contato conosco por meio do número: (92) 99292-1015, o número do disque-denúncia da unidade policial para que sejam repassadas as informações relacionadas ao caso”, declarou a autoridade policial. 
 
Precaução


Durante a coletiva Ricardo Cunha ressaltou a importância da população em tomar cuidado com as facilidades que existe em sites de compras e vendas de produtos pela Internet. “Os imóveis tem seu valor de mercado, às vezes o dono pode reduzir um pouco o valor, mas desconfie, antes de fazer qualquer tipo de compra, certifique-se que o bem existe e busque referências para não acabar caindo em um golpe”, disse o delegado.
 
Reincidência e Indiciamento 


Adriano tem passagem pela polícia por tráfico de drogas e lesão corporal grave. Desta vez, ele foi indiciado por estelionato. O infrator também responderá por uso de documento falso e falsificação de documento. Ao término dos procedimentos cabíveis na unidade policial, ele será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde ficará à disposição da Justiça.
 

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