O filme "Parasita", o surpreendente suspense sul-coreano que arrebatou espectadores e foi o grande vencedor do Oscar 2020, estava longe de ser a preferência entre os brasileiros para levar o troféu. Segundo pesquisa feita pela Toluna durante a realização da 92ª edição do Prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, "Coringa" era o grande favorito do público no Brasil.
A pesquisa entrevistou 820 pessoas, e apurou que 53% dos entrevistados estava assistindo à transmissão da cerimônia de entrega do prêmio, e pretendia fazê-lo até o final da festa. A maioria do público assistia à cerimônia pela internet (49%), seguido pela TV aberta (44%), redes sociais (15,5%) e outros meios (11,5%) - os entrevistados podiam marcar mais de uma opção.
"Coringa" era o preferido do público em várias categorias, incluindo Melhor Filme (46% da preferência), Melhor Diretor (Todd Phillips tinha 40% da preferência) e Melhor Ator - Joaquin Phoenix, que realmente levou a estatueta para casa, era o preferido de 61% dos entrevistados. Não por coincidência, "Coringa" havia sido também o filme mais assistido pelos respondentes entre os concorrentes da categoria Melhor Filme. A pesquisa comprovou ainda a popularidade de Scarlett Johansson entre os brasileiros, sendo a preferida dos entrevistados tanto para a categoria de Melhor Atriz, por "Histórias de Um Casamento" (45% da preferência) como de Melhor Atriz Coadjuvante, por "Jojo Rabbit (32%).
O polêmico documentário "Democracia em Vertigem", da diretora brasileira Petra Costa, não ganhou o prêmio, mas a maioria dos entrevistados torceu para que a obra conquistasse o primeiro troféu da academia para o Brasil. Tinha 39% da preferência, seguido de "Indústria Americana" (vencedor da categoria), com 29%
O estudo foi realizado no dia 10 de fevereiro de 2020 com 820 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 1.625 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, todas as regiões brasileiras, com 3% de margem de erro e 95% de margem de confiança.