10/10/2019 às 17h31min - Atualizada em 10/10/2019 às 17h42min

Perfil no Facebook pode trazer prejuízos à carreira do profissional?

Especialista relata como costumam agir os profissionais de RH ao acessarem o perfil dos candidatos.

DINO
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Foto: Reprodução


Algumas vezes é comum sair de casa atrasado e, quando vai perceber, a roupa escolhida está muito amarrotada, ou pouco formal. Há ocasiões em que o cansaço bate forte e o profissional acaba por ser menos participativo em uma reunião.
 

Em dias como esses, é comum o receio de julgamentos equivocados por parte dos colegas de trabalho ou dos superiores. E quando o convívio formal do dia a dia profissional se confunde com a exposição da vida íntima nas redes sociais, as preocupações com as más interpretações também aumentam consideravelmente.
 

Certas fotos, vídeos e compartilhamentos podem afetar a reputação tanto dos profissionais que já estão inseridos no mercado de trabalho, quanto de pessoas em busca de novas oportunidades.
 

Exposição da intimidade desde a sua origem

O Facebook, maior rede social do mundo, completou neste ano 15 anos de existência. E quando Mark Zuckerberg criou este espaço virtual, tinha como propósito ajudar os estudantes de Harvard e das universidades dos arredores de Boston a se conhecerem melhor.
 

O fato é que, desde o seu lançamento, a rede social é um ambiente livre, que não exige formalidades. Ainda assim, recrutadores costumam pedir aos candidatos que informem a URL do Facebook durante o processo de atração e muitos optam por deixar o campo em branco para evitar interpretações erradas sobre eles.
 

Em alguns casos, o acesso do analista de RH à rede social de um candidato pode ser crucial em uma decisão, dependendo do que ele encontrar. Mensagens na linha do tempo ou fotos que remetam à contradição dos valores de uma organização podem acabar eliminando o candidato do processo seletivo.
 

"Com certeza, se alguns posts evidenciarem agressividades, comentários preconceituosos, ou expressões muito polêmicas e esses posts estiverem públicos, pode ser que o recrutador tire suas próprias conclusões", afirma Aline Soares, consultora de RH.
 

Segundo a consultora, a razão de as empresas, ou setores de RH, solicitarem o Facebook dos candidatos além do LinkedIn - rede social específica para profissionais e empresas - é a de que toda ferramenta que ajude a ter referências sobre os candidatos pode ajudar na tomada de decisão.

"As organizações estão buscando nos profissionais mais do que conhecimentos e habilidades. Elas visam selecionar pessoas que demonstrem atitudes de alta performance, que as levarão a gerar os resultados esperados. Para ampliar as chances de atender a esse desafio, precisa-se avançar na melhoria dos processos de atração, inovando ao inserir no seu contexto espaço para uma pesquisa mais ampla sobre os comportamentos. E o Facebook acaba sendo utilizado para entender o estilo de vida, as preferências e os hábitos dos candidatos, especialmente nas suas relações com os amigos e na sociedade. Esse tema ainda é bem polêmico no Brasil. Nos Estados Unidos, 91% dos recrutadores afirmam visitar o perfil dos profissionais que participam dos processos seletivos", explica.
 

Ainda assim, Aline afirma que os candidatos que não informam suas redes sociais aos recrutadores não correm o risco de serem eliminados do processo seletivo.
 

Como evitar a desaprovação dos recrutadores

Com 14 anos de experiência em recrutamento e seleção, a consultora Aline Soares destacou algumas dicas para que profissionais estejam atentos em suas redes sociais:
 

1ª dica: não publicar fotos com partes do corpo muito expostas, ou de festas em que apareçam muita bebida e cenas que comprometam;
 

2ª dica: utilizar sempre o português correto, ainda que não a escrita formal;
 

4ª dica: assuntos culturais serão sempre bem interpretados, se visualizados;
 

5ª dica: ficar atento de que os amigos do Facebook de hoje poderão oferecer as oportunidades de amanhã;
 

6ª dica: caso a liderança faça parte do seu círculo de amigos, é importante lembrar que aceitar foi uma escolha própria e é preciso estar sempre consciente do que vier a publicar pela rede social;
 

7ª dica: não falar nunca mal da empresa em que trabalha ou trabalhou, de chefes, clientes… Aliás, rede social não é o local adequado para falar mal de ninguém!
 

Como ir além do Facebook e do currículo na avaliação dos candidatos


Fotos: Reprodução

Por mais que o Facebook de um candidato tenha muitos posts e fotos públicas, avaliar o comportamento dele com base nas informações postadas não é um processo certeiro para o recrutador.
 

A Plataforma Etalent Pro (https://etalent.com.br/etalent-pro/) possui funcionalidades muito mais assertivas que auxiliam na atração dos talentos adequados às demandas da empresa. Com um inventário simples e rápido aplicado ao candidato, o sistema apresenta o perfil comportamental completo dele, e ainda o correlaciona com o cargo a que se submeteu. Vale conferir para não perder grandes talentos por conta de maus julgamentos.

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