Os vistos que permitem cidadãos brasileiros a morarem e trabalharem legalmente nos Estados Unidos são inúmeros, porém específicos para cada atividade, situação e objetivo. Atletas, músicos, artistas e empresários, têm muitas chances de atuarem como profissionais em território americano, sendo remunerados por seus trabalhos, de maneira segura e oficial. Na maioria destes casos, o visto O-1 é o mais indicado, se os profissionais apresentarem os requerimentos, segundo a advogada especialista em obtenção de vistos de trabalho e Green Card, Gisele Ambrosio.
De acordo com a Embaixada Americana no Brasil, profissionais com Habilidades Extraordinárias nas áreas de ciências, artes, educação, negócios e atletismo ou cinema e televisão, se qualificam para o visto O-1. Sendo assim, para aplicar para esta categoria, o candidato deve apresentar uma série de provas que comprovem o seu destaque e renome na sua respectiva área de atuação.
"Se for no esporte, por exemplo, para provar sua habilidade extraordinária, é importante que o atleta tenha provas de que já venceu competições (nacionais ou internacionais). Comprovação de que já serviu como juiz em competições, também é válida. Outras evidências que podem ser usadas são comprovantes de presença na mídia, como matérias jornalísticas; anúncios publicitários para marcas importantes; cópias de contratos anteriores com patrocinadores de nome e documentos que confirmem participação em eventos de grande porte", explica a advogada.
Para Ambrosio, o profissional que conseguir comprovar três dos oito requisitos têm chances de conseguir o visto O. “Além disso, é fundamental que o aplicante tenha um patrocinador ou um agente nos EUA que queira levá-lo para trabalhar”, afirma.
Já o visto P, pode ser uma alternativa àqueles que ainda não tenham conquistado tal notoriedade dentro da sua atividade, pois os requerimentos são mais leves, comparados aos do visto O. “Esse visto serve tanto para atletas individuais como para times ou grupos de artistas, como uma banda. Ainda assim, a equipe também irá necessitar de um patrocinador americano para assinar o pedido do visto”, esclarece Dra. Gisele.
O visto O é concedido inicialmente, por no máximo três anos, de acordo com a duração do contrato com o patrocinador americano ou do itinerário do trabalho a ser desenvolvido. Depois dos três anos iniciais, o visto pode ser renovado por períodos de um ano, se o patrocinador provar que ainda precisa do profissional no país. Já o visto P tem a duração inicial de no máximo um ano, e varia conforme a duração do evento ou atividade que o profissional irá participar.
Segundo Gisele Ambrósio, os profissionais com habilidades extraordinárias têm a possibilidade de aplicar para o Green Card, no futuro, mas os requerimentos, apesar serem iguais aos do visto O, são olhados com muito mais rigorosidade pela imigração.
Contudo, a Dra. Gisele Ambrosio alerta que, às vezes, pessoas com grande potencial e com futuro promissor na América colocam tudo a perder por não terem a informação acerca das regras do visto e até mesmo por subestimarem que a imigração americana possa encontrar nas Redes Sociais. “Caso a pessoa tenha entrado com um visto de turista ou estudante e tenha descumprido as condições deste visto, como ter excedido o tempo limite de permanência no país ou que tenha ficado por apenas alguns dias produzindo peças publicitárias, material de audiovisual, ou de fotografia, sem o visto de trabalho, poderá resultar em várias consequências negativas, como deportação, negação de um outro visto, ou negação de entrada no país em uma visita futura”, explica.
“Estas situações são recorrentes no escritório. Já tive vários clientes em consulta, que, após virem com visto de turista produziram um vídeo clip de dois ou três dias, tiveram seu visto de Habilidade Extraordinária negado porque a imigração descobriu que haviam trabalhado em solo americano sem o visto apropriado ”, frisa.
Sobre Dra. Gisele Ambrósio
Advogada atuante há 17 anos, sendo uma década na Califórnia, Dra. Gisele é responsável por levar à Terra do Tio Sam diversas personalidades, como os skatistas brasileiros, campeões mundiais, Kevin Hoefler, Letícia Bufoni, Felipe Gustavo, bem como os músicos Supla e seu irmão João Suplicy, entre outros nomes brasileiros e de diferentes partes do mundo.
Há oito anos, Dra. Gisele Ambrósio é a advogada do Consulado Geral do Brasil em Los Angeles. Durante este período, ela tem atuado em vários casos internacionais complexos.
Diligente em ajudar a Comunidade Brasileira de Imigrantes, Dra. Gisele Ambrósio foi nomeada pelo Conselho de Cidadãos para representar oito estados dos Estados Unidos como a porta-voz oficial da diáspora brasileira, perante o Itamaraty e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Priorizando um atendimento personalizado do início ao fim dos processos, seus escritórios atuam em áreas de negócios e contratos internacionais. Dra. Gisele Ambrosio é também Diretora da Câmara de Comércio Brasil-Califórnia.