25/07/2018 às 20h59min - Atualizada em 25/07/2018 às 20h59min

Depois de golpe no WhatsApp fracassar, ladrão pergunta à vítima 'onde eu errei?'

O golpe no WhatsApp começou através de uma ligação de um número de Goiás, com DDD 62.

Reprodução
Um novo golpe no WhatsApp surpreendeu um morador de Teresina, no Piauí, pela ousadia e habilidade dos bandidos nesta terça-feira (24). A vítima que não quis se identificar contou em detalhes como os criminosos agiram, mas não quis registrar o Boletim de Ocorrência por falta de tempo.

O golpe no WhatsApp  começou através de uma ligação de um número de Goiás, com DDD 62. A vítima contou que "um homem ligou dizendo que era um primo meu de Brasília e me perguntando se eu estava reconhecendo a voz. Eu respondi que tinha alguns primos e então ele pediu para dizer o nome dele. Quando falei o nome de um deles, a pessoa começou a se passar por ele, disse que o carro tinha quebrado na estrada, já no Piauí, e me pediu para fazer uma outra ligação."

Até aí a estratégia era normal e até já conhecida pela utilização em outros tipos de golpes. A vítima, porém, ficou preocupada porque, num primeiro momento, os criminosos não pediram dinheiro e ficaram se desculpando pelo incômodo causado o tempo todo. "Meu 'primo' não me pediu nada, só que eu fizesse uma ligação. Me passou a placa de um carro e detalhes de onde estava o veículo, há cerca de 20 km de Amarante", relatou.

Na ligação seguinte, que também durou cerca de cinco minutos, a vítima começou a ficar desconfiada de que tratava-se de um golpe. Nessa ligação, um outro criminoso já atendeu falando o nome da oficina e pedindo as informações que o primeiro tinha passado para realizar o conserto do carro , além de passar o valor do suposto serviço: R$ 2.200.

Nesse momento, a vítima conta que já estava com o Facebook do suposto primo aberto e se atentou que o DDD 62 não era de Brasília (todas as capitais do País tem DDDs com final 1). Mas dez minutos depois de uma conversa se desenrolar no WhatsApp, os bandidos ligaram novamente, dessa vez cobrando uma transferência bancária .

“Meu suposto primo contou que os mecânicos não tinham cartão e que não havia onde sacar dinheiro. A atuação deles é muito boa, mas eu já tinha desconfiado de algumas informações desencontradas sobre o seguro do carro e nesse momento tive certeza de que era um golpe, até porque a foto usada pelo suposto mecânico também não era do local que ele tinha informado”, disse.
 
Vítima de golpe no WhatsApp escapou por pouco


Quando os bandidos finalmente se deram conta de que não conseguiriam aplicar o golpe na vítima, que reconheceu a capacidade dos bandidos, eles afirmaram que essa era "uma forma de trabalho" e que, no momento, "só tinha isso para sobreviver".

Já segundo as autoridades locais, em entrevista à emissora local TV Clube, afimaram que esse tipo de golpe no WhatsApp e pelo telefone é enquadrado no crime de estelionato e pode ser denunciado em qualquer delegacia, mas nesse caso não poderia fazer uma investigação porque o crime não foi consumado e também porque a vítima não registrou o BO, até por isso, segundo o delegado, "o número de crimes de estelionato denunciados é muito menor do que os que realmente acontecem."

iG

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