14/05/2019 às 09h55min - Atualizada em 14/05/2019 às 09h55min

WhatsApp detecta ataque hacker e pede que usuários atualizem o aplicativo

Spyware identificado pela empresa pode infectar telefones com sistema operacional da Apple (iOS) e do Google (Android)

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O aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp, de propriedade do Facebook, divulgou, nesta segunda-feira 14, que foi detectada uma vulnerabilidade em seu sistema que permitia que hackers instalassem spyware em alguns telefones – conseguindo, assim, acessar os dados contidos nos aparelhos.

A empresa confirmou em comunicado à imprensa a informação publicada horas antes pelo jornal Financial Times e pediu aos 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo que “atualizem o aplicativo para sua versão mais recente” e mantenham durante o dia seu sistema operativo como medida de “proteção”.

O WhatsApp, que foi adquirido pelo Facebook em 2014, indicou que neste momento ainda não é possível dizer quantas pessoas foram afetadas, mas estimou que as vítimas foram escolhidas “especificamente”, de maneira que em princípio não se trataria de um ataque em grande escala.

O software espião que foi instalado nos telefones “se assemelha” à tecnologia desenvolvida pela empresa de cibersegurança israelense NSO Group, que levou o WhatsApp a colocá-lo como o principal suspeito por trás do programa de espionagem.

A vulnerabilidade no sistema, para a qual a empresa lançou um patch na segunda-feira, foi detectada há apenas alguns dias e, por enquanto, não se sabe quanto tempo duram as atividades invasoras.

Os hackers faziam uma ligação através do WhatsApp para o telefone cujos dados queriam acessar e, mesmo que o destinatário não respondesse à chamada, um programa de spyware era instalado nos dispositivos.

 

Foto: Reprodução

Em muitos casos, a chamada desaparecia mais tarde do histórico do aparelho, de modo que, se ele não tivesse visto a chamada entrar naquele momento, o usuário afetado não suspeitaria de nada.

O WhatsApp declarou que, logo após tomar conhecimento dos ataques, alertou a organizações de direitos humanos (que estavam entre as vítimas da espionagem), empresas de segurança cibernética e o Departamento de Justiça dos EUA.

O fato de algumas das organizações afetadas serem plataformas de defesa dos direitos humanos reforça a hipótese de envolvimento do Grupo NSO, uma vez que seu software já foi utilizado no passado para realizar ataques contra esse tipo de entidades.

Segundo o Whatsapp, o “spyware” detectado teve capacidade para infectar telefones com sistema operacional da Apple (iOS) e do Google (Android).

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