22/07/2018 às 10h21min - Atualizada em 22/07/2018 às 10h21min

Cúpula do PCC planejou resgate em presídio de segurança máxima

Plano foi descoberto pela polícia e previa uso de um blindado para derrubar o muro da unidade e libertar seis líderes da facção

Foto: Alex Silva/AE/VEJA
Os chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) planejaram um resgate de dentro da Penitenciária II de Presidente Venceslau, presídio de segurança máxima que fica no interior de São Paulo. O plano previa o uso de um caminhão blindado para derrubar o muro da unidade e libertar seis integrantes da cúpula da facção.

O esquema foi descoberto pela polícia no mês passado e revelado pelo SBT. Segundo a reportagem, os detalhes estão escritos em duas cartas apreendidas na casa de um ladrão de carro forte que foi morto pela polícia. As mensagens foram escritas, de dentro do presídio, por Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, um dos homens de confiança de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção.

O grupo ainda explodiria um outro caminhão em frente ao batalhão da Polícia Militar para assustar e despistar os policiais. Os criminosos, segundo as mensagens, chegaram a encomendar fuzis e metralhadoras para usar em uma possível troca de tiros e até abater aeronaves.

Caso conseguissem sair da prisão, os líderes do PCC iriam para um sítio a dois quilômetros da penitenciária e depois para um esconderijo subterrâneo. Segundo a polícia, as cartas foram transportadas por uma mulher que visitava “Bin Laden” na cadeia.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que monitora o caso há mais de um ano e que “essa fuga jamais ocorreria porque os órgãos de inteligência da SAP monitoravam a oficina onde o veículo passaria pelo processo de blindagem”. O local fica na zona norte da capital paulista.

 

Plano era resgatar líderes da facção de dentro de penitenciária de Presidente Venceslau,
no interior de SP (Alex Silva/AE/VEJA)

Ainda segunda a nota, a secretaria vai requerer a remoção do preso diretamente envolvido nesse plano para uma prisão federal de Mossoró (RN) ou de Porto Velho, em Rondônia.

Já a Secretaria da Segurança Pública afirmou em nota que as ações das polícias Civil e Militar no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas levaram mais de 60 mil criminosos para a prisão em todo o estado nos últimos dois anos.

“Paralelamente às ações de policiamento, as operações de inteligência em parceria com o Ministério Público e a SAP permitiram que os principais líderes de facções criminosas fossem internados em presídios com regime disciplinar diferenciado”, afirma.

No mês passado, as forças de segurança prenderam 65 pessoas durante a Operação Interestadual Echelon, realizada para cumprimento de ordens judiciais. Do total de presos, dois foram em flagrante e 63 por mandados, sendo que 51 pessoas já estavam detidas em unidades prisionais.

Nesta operação, sete detidos foram transferidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). No decorrer das investigações, foram apreendidas mais de uma tonelada de drogas. Também foi preso um dos líderes da facção, no aeroporto de Guarulhos, quando retornava da Bahia, no dia 10 de maio deste ano.

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