07/03/2019 às 12h11min - Atualizada em 07/03/2019 às 12h11min
Facebook anuncia integração entre WhatsApp, Messenger e Instagram
Mark Zuckerberg afirma que irá priorizar a segurança e a privacidade dos usuários da rede social, após escândalos de vazamentos de dados
R7
Reprodução O presidente executivo e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou na quarta-feira (6) que o WhatsApp, o Facebook Messenger e as mensagens via Instagram Direct serão integradas.
“As pessoas querem poder escolher qual serviço utilizar para se comunicar. Hoje, entretanto, se você quiser enviar uma mensagem para alguém no Facebook, é preciso usar o Messenger. No Instagram, é necessário o Direct.
No WhatsApp, é preciso que a outra pessoa também tenha o app. Queremos dar às pessoas a chance de escolher. Sendo assim, elas podem falar com seus amigos de todas as redes sociais utilizando qualquer aplicativo que preferirem”, afirmou Zuckerberg em um comunicado.
O executivo indicou que este processo se materializará "nos próximos anos" e que se construirá sobre seis princípios: interações privadas, sistemas de encriptação, redução da permanência online das publicações compartilhadas, segurança, interoperabilidade e armazenamento seguro de dados.
Os rumore de que os três serviços de mensagens seriam integrados começaram quando o jornal New York Times publicou uma matéria no início deste ano.
Mark Zuckerberg anuncia a integração entre WhatsApp, Messenger e Instagram
Charles Platiau/Reuters - 24.05.2018
Recuperando a imagem
A aposta em remodelar a rede social é divulgada depois de um ano, 2018, no qual a empresa se viu abalada por vários escândalos relacionados com sua gestão da privacidade dos dados dos usuários, que mancharam consideravelmente sua imagem pública.
A maior polêmica que teve que enfrentar começou em março do ano passado, quando foi revelado que a empresa de consultoria britânica Cambridge Analytica utilizou um aplicativo para compilar milhões de dados de usuários da plataforma sem o seu consentimento e com fins políticos.
A empresa se serviu de dados da rede social para elaborar perfis psicológicos de eleitores, que supostamente venderam à campanha do agora presidente americano, Donald Trump, durante as eleições de 2016, entre outros.
Meses mais tarde, em outubro, o Facebook admitiu também que hackers roubaram dados pessoais de 30 milhões de contas.