29/01/2019 às 17h16min - Atualizada em 29/01/2019 às 17h16min

Susam dá dicas de prevenção às doenças respiratórias no período chuvoso

No período chuvoso, os prontos-socorros infantis aumentam significativamente o número de atendimentos de crianças...

Secom
O período de chuvas na região amazônica, que costuma ocorrer nos meses de dezembro a maio, é também o de maior incidência de doenças respiratórias. O pico de atendimento nas unidades da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) acontece de abril a maio, mas, desde já, é possível observar que alterações climáticas na região têm forte influência na saúde, principalmente de crianças.
 
No período chuvoso, os prontos-socorros infantis aumentam significativamente o número de atendimentos de crianças com problemas do aparelho respiratório, como as gripes e resfriados, asma, bronquiolite, faringite, amigdalite, rinite, sinusites e pneumonia.
 
Conforme balanço da Gerência de Urgência e Emergência da Susam, no Pronto-Socorro da Criança (HPSC) da Zona Oeste, no bairro Compensa, de junho a novembro de 2018, foram feitos 8.950 atendimentos em crianças com doenças do aparelho respiratório. De dezembro de 2017 a maio de 2018, subiu para 18.948 atendimentos, um aumento de 11,7%.
 
Segundo a diretora da unidade, Julia Fernandes Marques, no período chuvoso, em média, 50 crianças passam diariamente pela sala de nebulização. O dobro dos dias normais.
 
Outras unidades da rede de urgência e emergência da Susam apresentam crescimento no número de atendimentos com a chegada da chuva. No HPSC Zona Sul, na Cachoeirinha, o total de atendimentos com diagnóstico de doenças respiratórias foi de 9.809 casos, no período de junho a novembro de 2018. De dezembro de 2017 a maio de 2018, foram 11.631 registros.
 
Sintomas – De acordo com o médico pediatra do HPSC Zona Oeste, Eugênio de Castro Tavares, os sintomas mais comuns são coriza, febre, tosse, perda de apetite, obstrução nasal e cefaleia. “As infecções que atingem os brônquios e pulmões costumam ser mais graves e atingem os bebês, as crianças, os idosos e pessoas com a imunidade comprometida. Uma gripe mal curada pode evoluir para bronquite ou pneumonia”, ressalta o médico.
 
Para prevenir, é fundamental tomar alguns cuidados básicos, como usar umidificadores e realizar limpeza com pano úmido no piso, pois a resposta imunológica do corpo pode evoluir para uma pneumonia. Evitar ambientes com aglomerado de pessoas, beber água e sucos naturais, manter a casa limpa, comer alimentos ricos em vitaminas, lavar as mãos antes das refeições e evitar banhos quentes em crianças, são recomendações do médico. Ele alerta ainda para a necessidade de vacinação, que no Brasil é gratuita para os grupos da população considerados prioritários pelo Ministério da Saúde.

 

FOTOS: Secom/Divulgação

Segundo o médico, o crescimento da demanda de pacientes com gripes e outras doenças do aparelho respiratório é gerado, nessa época, pelo maior volume de chuvas, e os climas úmidos favorecem a multiplicação de bactérias, que são facilmente propagadas em locais com aglomerações de pessoas, como shoppings, ônibus e até nas escolas e creches.

“Crianças de até 4 anos não estão com o sistema de defesa totalmente constituído e são mais vulneráveis a contrair os vírus que circulam no ar durante a época. Já os idosos não têm a defesa suficiente pelo desgaste da idade, e também apresentam facilidade para adquirir doenças nas vias respiratórias”.

O pediatra orienta que é importante procurar atendimento médico com o aparecimento dos primeiros sintomas. “Nesses casos, de quadros leves, os pais devem procurar os Centros de Atenção Integral à Criança (CAIC) ou as Unidades Básicas de Saúde (UBS), e o tratamento recomendado depende da evolução de cada caso, mas envolve a administração de medicamentos para febre, soro para lavar o nariz e bastante líquido. E para os casos mais complexos, os pacientes devem ser avaliados no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) ou nos Prontos-Socorros Infantis da rede estadual, onde receberão atendimento com exames mais detalhados e, se necessário, internação para acompanhamento hospitalar”.
 
Classificação de Risco – A gerente de Urgência e Emergência da Susam, Nayara Maksoud, aproveita para esclarecer que o atendimento em pronto-socorro obedece ao critério de acolhimento com classificação de risco, protocolo no qual quem está mais grave é atendido primeiro. “É muito importante esse esclarecimento, principalmente quando há picos de demanda de atendimento, para que a gente possa manter a ordem e a organização no fluxo de serviços dentro da unidade”, disse a gerente.

Ainda segundo ela, não é a ordem de chegada que define a prioridade. “A ferramenta da classificação de risco permite avaliar o paciente de forma técnica no momento do seu acolhimento, identificando aqueles que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica do seu estado no momento da entrada na unidade, se há potencial de risco ou agravos à saúde ou o grau de sofrimento. Mas todos são acolhidos e atendidos”, esclareceu.  

Onde buscar atendimento - Para casos leves, a Susam recomenda o atendimento ambulatorial na Unidade Básica de Saúde (UBS), do município, mais próxima de casa ou em um dos 12 CAICs da Rede Estadual, na capital, onde a criança já recebe acompanhamento. A rede estadual possui ainda, na capital, oito Serviços de Pronto Atendimento (SPA) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Já os casos mais graves, que podem indicar internação, devem ser atendidos em um dos quatro Prontos-Socorros Infantis da rede estadual: HPSC da Zona Oeste, HPSC da Zona SUL, HPSC da Zona Leste (Joazinho) e HPSC da Zona Norte.

Vacina - Para a população vulnerável às doenças respiratórias, o Ministério da Saúde realiza, todos os anos, no mês de abril, com apoio dos estados e dos municípios, a campanha nacional de vacinação contra a Influenza (Gripe).
 
A vacina, que é gratuita, tem como público alvo pessoas acima de 60 anos, crianças na faixa etária de cinco meses até seis anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, professores de escolas públicas e privadas, indígenas, adolescentes e jovens de 12 até 21 anos de idade que cumprem medidas socioeducativas, população privada da liberdade, funcionários do sistema prisional e grupos de portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. A única contraindicação é para pessoas com histórico de reação anafilaxia prévia em doses anteriores, assim como qualquer componente da vacina ou alergia a derivados de ovo de galinha. 

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