Polícia Civil prende homem por cultivar a chamada 'supermaconha' em estufas na zona norte de Manaus

Droga é conhecida por ser mais pura e possuir alto valor de mercado

24/07/2025 14h15 - Atualizado há 1 mês
Polícia Civil prende homem por cultivar a chamada 'supermaconha' em estufas na zona norte de Manaus
FOTOS: Lyandra Peres e Divulgação/PC-AM

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), deflagrou uma operação que foi investigada na prisão em flagrante de Max Palheta Teixeira, 26, pelo crime de tráfico de drogas. O indivíduo utilizou uma empresa como fachada para o cultivo da chamada “supermaconha” em estufas, com posterior comercialização da substância no bairro Colônia Santo Antônio, zona norte de Manaus. A droga é conhecida por ser mais pura e possuir maior valor de mercado.

 

Conforme o delegado Rodrigo Torres, diretor do Denarc, as investigações foram realizadas há cerca de uma semana, a partir de denúncias de que um homem estaria cultivando Cannabis sativa em uma propriedade. A equipa passou a realizar campanas no local e constatou a existência de estufas numa empresa de fachada que funcionava como sucata.

 

"Durante a abordagem na terça-feira (22/07), já foi possível sentir o forte odor de maconha. Na revista, confirmamos a existência da plantação. O indivíduo estava cultivando a chamada 'supermaconha', uma droga cujo efeito psicoativo é potencializado devido à alta concentração de THC (tetrahidrocanabinol), favorecida pelas condições controladas das estufas", explicou o delegado.

Ainda segundo Torres, no local foram apreendidas 26 mudas da planta e 19 vasos contendo exemplares fêmeas da espécie Cannabis sativa , descobertas por produzirem flores com maior concentração de THC, o principal composto psicoativo da maconha. Também foram encontradas três estufas, ervas secas (possivelmente já prontas para o consumo), sementes da planta, três pulverizações e fertilizantes.

 

O delegado destacou que a quantidade de plantas encontradas, somadas a duas porções já preparadas para o consumo, caracterizou o crime de tráfico de drogas. Inicialmente, Max alegou que o cultivo era para uso pessoal.

"No entanto, uma quantidade de pés apreendidos não sustenta essa versão. Além disso, outros elementos encontrados no imóvel comprovaram que ele não era apenas um usuário: estava revendendo e, inclusive, ensinando outras pessoas a cultivar a droga em residências aqui na capital", detalhou Torres.

 

A autoridade policial ressaltou que o infrator utilizava técnicas bastante sofisticadas no cultivo da maconha. Desde o planejamento até o processamento final, ele realizou todo o ciclo da droga: colhia, secava em estufas, prensava, misturava e, então, colocava o produto à venda.

 

As investigações prosseguiram com o objetivo de identificar e localizar outros indivíduos que estariam adotando esse mesmo modelo de cultivo na capital amazonense. Max Palheta foi autuado por tráfico de drogas. Ele passará por audiência de custódia e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.


FONTE: Secom
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