A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), prendeu em flagrante, na quinta-feira (07/10), Adailton Cruz de Souza e Daiane dos Santos Vicente da Silva, de 35 e 33 anos, respectivamente, suspeitos de participar de um esquema de fraude em torno de 12 abortos clandestinos nos últimos dois meses, em Manaus. As prisões foram efetuadas no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, o casal promovia anúncios em plataformas de comércio eletrônico e cobravam até R$ 1,6 mil por cada aborto provocado com o consentimento das gestantes.
"Eles divulgaram uma espécie de consultoria para mediar os abortos, tanto de forma virtual quanto presencial. A partir de denúncias na unidade policial, informando sobre um grupo de violência que estaria operando um esquema de violência de abortos clandestinos, além de tráfico de pílulas abortivas, iniciamos o monitoramento há cerca de uma semana", Túlio.
Conforme o delegado, na tarde de quinta-feira, uma equipe policial recebeu informações de que Daiane estaria dirigindo uma localidade nas imediações do 1° DIP. Ela foi localizada nas proximidades e autuada em flagrante.
"Durante a abordagem, foram descobertas diversas pílulas utilizadas para interromper a gravidez. Posteriormente, os policiais civis se deslocaram até a residência dela, onde localizaram o seu esposo, Adailton, que também participou de forma ativa do esquema criminoso. Ambos foram presos no bairro Praça 14 de Janeiro", explicou o delegado.
Conforme o delegado, além do casal, uma mulher, identificada apenas como Júlia Danielle, foi indiciada por um aborto clandestino realizado com auxílio da dupla, na quarta-feira.
“As investigações continuam a fim de identificar outros possíveis suspeitos de integrar o esquema de fraude”, concluiu o delegado.
Procedimentos
A dupla responderá por adulteração e corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos; tráfico de drogas; para o tráfico de drogas e associação de aborto provocado com consentimento da gestante. Eles passarão por audiência de custódia e permanecerão à disposição da Justiça .
